Arqueólogos descobrem pirâmide milenar de pedras esculpidas a mão escondida em montanha

Uma pirâmide milenar de aproximadamente 2,2 mil anos foi descoberta por arqueólogos da IAA (Autoridade de Antiguidades de Israel) em Nahal Zohar, uma região montanhosa do deserto da Judeia, em Israel. O achado, que intriga especialistas, pode fornecer novas informações sobre a presença helenística na região e o uso da pirâmide ao longo da história.

Pessoas trabalhando perto de pedra

Pirâmide milenar de aproximadamente 2,2 mil anos foi descoberta por arqueólogos israelenses – Foto: Emil Aladjem/IAA/ND

A equipe de pesquisadores, liderada por Matan Toledano, Eitan Klein e Amir Ganor, encontrou a estrutura durante escavações realizadas com voluntários e o apoio do Ministério do Patrimônio de Israel. Os primeiros estudos indicam que a pirâmide data da era helenística, período em que a região esteve sob o domínio dos Ptolomeus e dos Selêucidas. No entanto, sua função original ainda é incerta.

Construída com blocos de pedra talhados manualmente, a estrutura quebrou por motivos desconhecidos, mas os arqueólogos encontraram indícios de que poderia ter servido como um ponto de descanso para comerciantes que transportavam sal e betume do Mar Morto para o Mediterrâneo.

Descoberta da pirâmide milenar

pedras ao redor de pessoas

Os restos da pirâmide milenar escavados pela IAA – Foto: Emil Aladjem/IAA/ND

Durante as escavações na pirâmide milenar, foram encontrados objetos como moedas de bronze, pergaminhos escritos em grego, armas e utensílios de madeira. O clima seco do deserto ajudou a preservar parte desses artefatos em ótimo estado.

A descoberta desafia conceitos anteriores sobre a influência grega no Oriente Médio e sugere que a pirâmide poderia ter funções diferentes das pirâmides egípcias, como servir de referência em rotas comerciais ou até mesmo de torre de vigia.

A importância arqueológica da descoberta

Achados como esse são fundamentais para entender a interação entre diferentes civilizações e o impacto da expansão helenística no Oriente Médio. Estudos acadêmicos, como os de Peter Green, historiador especializado na era helenística, destacam a influência arquitetônica e cultural grega em territórios sob seu domínio.

A pirâmide também desperta o interesse da arqueologia experimental, que busca reconstruir técnicas de construção antigas. Pesquisas indicam que o corte e transporte dos blocos de pedra eram realizados com ferramentas rudimentares e técnicas avançadas de engenharia para a época, semelhante ao que foi identificado em escavações em Petra, na Jordânia.

Pessoas trabalhando em montanha

O grande número de voluntários tem tornado as escavações um sucesso para descobrir a pirâmide milenar – Foto: Emil Aladjem/IAA/ND

Escavações continuam

Os arqueólogos seguirão analisando a estrutura para determinar sua função e os eventos que levaram ao seu colapso. A IAA convida voluntários a participarem das escavações.

O diretor da IAA, Eli Escusido, destacou que o achado é de extrema relevância para a história da região e incentivou a participação do público. “Em tempos desafiadores, explorar a história e participar de descobertas tão importantes pode ser uma experiência enriquecedora e transformadora”, afirmou.

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