MPF instaura procedimento para apurar uso de gás lacrimogêneo durante curso de instrução do Exército no Acre


Fumaça invadiu casas e escola em Rio Branco no último dia 22 deste mês e populares relataram ter passado mal diante do excesso de gás no ar. Populares relataram forte odor de gás lacrimogêneo na região do bairro Bosque, em Rio Branco
Tácita Muniz/g1
Após populares relatarem ter sentido, em excesso, o odor de gás lacrimogêneo no último dia 22 de junho após um treinamento militar em Rio Branco, o Ministério Público Federal (MPF-AC) instaurou um procedimento para apurar as circunstâncias do uso do composto químico.
De acordo com o MPF, o despacho de instauração do procedimento cita os fatos relatados em matérias jornalísticas e em publicações nas redes sociais, de que pessoas teriam sentido dificuldades para respirar, ardência nos olhos e outros incômodos causados pelo gás lacrimogêneo.
O g1 divulgou o caso que aconteceu na última semana. Populares relataram explosões de bombas de gás lacrimogêneo no bairro Bosque, na capital. A informação era que, no 4º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), na capital, estava ocorrendo a finalização de um curso de instrução para cabos militares.
Moradores da região e pessoas que transitavam pelo local disseram ainda que o odor chegava a arder olho, boca e nariz. Na internet, populares relataram ainda que precisaram parar de dirigir, pois não conseguiam enxergar.
Internautas reclamaram do odor após explosão de gás lacrimogêneo durante instrução do Exército
Reprodução/Twitter
O g1 conversou com a assessoria do 4º BIS que disse que se tratava de uma instrução controlada e que a quantidade usada de granadas foi mínima.
“Eles [cabos] ficam um pouco expostos ao gás para poder conhecer o material. É um gás que não é letal e, realmente, se dissipa pelo ar. Pela quantidade de granada, houve uma maior dissipação e, infelizmente, não teve como controlar, mas assim, o gás lacrimogêneo não é letal […] faz dois anos que não é feito esse tipo de instrução aqui no nosso quartel. Nós nem tínhamos esse tipo de material. A gente recebeu o material no final do ano passado. Daí como tem uma validade, nós utilizamos pra adestramento do nosso pessoal”, disse o sub-tenente Trindade, da Relações Públicas do 4° BIS.
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