Nem ecochatos, nem chatos sem eco. A Ilha tem limites. Óbvio

Nem ecochatos, nem chatos sem eco. A Ilha tem limites. Óbvio. Hercílio Luz pode ter sido o primeiro a percebê-los. Fez o canal que leva seu nome para iniciar um processo sanitário numa cidade cujas casas mais estruturadas tinham fossas sépticas.

Avenida Beira Mar Norte, Floripa. Crédito: Divulgação

A poluição causada pelos dejetos humanos ainda não era problema. Baixa densidade populacional. O mar podia absorver tudo. Criou as estações de gado leiteiro com as vacas vindas da Ilha Jersey, no canal da Mancha. Na Agronômica, no Campeche e em outros pontos da Ilha, as vaquinhas Jersey eram supridoras dos lacticínios.

O tempo passou, a população cresceu e a Ilha cidade se verticalizou. Primeiro no Centro, depois nas praias. A Ilha não tem capacidade sanitária para processar o esgoto humano. Não tem. Vide a Lagoa da Conceição. Fossas sépticas servem para residências em locais com baixa densidade populacional.

Floripa já passou de seus limites. Se o ritmo da construção dos prédios verticais continuar, sem a rede de tratamento de esgoto e abastecimento de água potável, logo teremos o primeiro caso de “m*rdamoto” no Atlântico Sul.

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