O que é TDPM? Fernanda Machado revela diagnóstico e fala sobre o transtorno

Fernanda Machado usou suas redes sociais para falar abertamente sobre o diagnóstico de TDPM – Foto: Fernanda Machado/@realfemachado/Instagram

A atriz Fernanda Machado, de 44 anos, muito conhecida pelo seu papel como Maria em “Tropa de Elite” e atualmente residindo nos Estados Unidos, revelou nas suas redes sociais que está enfrentando condição de saúde feminina pouco conhecida: o TDPM (Transtorno Disfórico Pré-Menstrual).

A condição, uma forma severa e muitas vezes incapacitante da TPM, é frequentemente confundida com outros transtornos.

Qual diferença entre TDPM e TPM comum?

De acordo com a ginecologista JoAnn V. Pinkerton, o TDPM é uma forma grave da TPM. A especialista explica que a principal diferença entre os dois transtornos está na intensidade dos sintomas e no impacto que eles causam na vida da paciente.

Enquanto a TPM pode causar irritabilidade, inchaço e cólicas leves a moderadas, no TDPM, os sintomas são “graves o suficiente para interferir nas atividades diárias de rotina ou funcionamento geral”, tornando-se, nas palavras da especialista, uma condição “grave, angustiante, incapacitante”.

De acordo com o Manual MSD, os sintomas do TDPM aparecem sempre na segunda metade do ciclo menstrual, ou seja, na fase que vem antes da menstruação.

Esses sintomas começam a sumir ou desaparecem completamente assim que a menstruação começa ou logo depois. Depois disso, há um período em que a pessoa não sente mais os sintomas, até que o ciclo recomece.

 Veja o vídeo da atriz sobre o TDPM:


Fernanda grava vídeo falando sobre TDPM e conta sobre o lançamento de seu novo livro – Vídeo: Fernanda Machado/@realfemachado/Instagram

Sintomas da TDPM

O Manual MSD explica que, para identificar o TDPM, não basta se sentir “meio pra baixo” antes de menstruar. O transtorno é bem mais sério e tem sintomas fortes e específicos.

Para receber o diagnóstico, a mulher precisa ter pelo menos cinco desses sintomas na semana antes da menstruação, e isso precisa acontecer na maioria dos ciclos ao longo de um ano.

Ou seja, não é algo que acontece de vez em quando, é algo que se repete com frequência.

Sintomas:

  • Oscilações de humor acentuadas, sentir-se de repente triste, chorosa ou mais sensível à rejeição;
  • Irritabilidade ou raiva acentuada, e aumento de conflitos interpessoais;
  • Humor acentuadamente deprimido, sensação de desesperança, pensamentos autodepreciativos;
  • Ansiedade, tensão, nervosismo, sensação de estar “no limite”;
  • Interesse diminuído em atividades habituais (trabalho, escola, amigos, passatempos);
  • Dificuldade subjetiva de concentração;
  • Letargia, fadiga fácil ou acentuada falta de energia;
  • Alteração acentuada do apetite (comer em excesso ou desejos por alimentos específicos);
  • Hipersonia (dormir demais) ou insônia (dificuldade para dormir);
  • Sensação de estar sobrecarregada ou fora de controle;
  • Sintomas físicos, como sensibilidade ou inchaço das mamas, dor articular ou muscular, sensação de “inchaço” ou ganho de peso.

Fernanda ressalta em seus livro que o transtorno que vem enfrentando é muito mais grave do que a TPM – Foto: Fernanda Machado/@realfemachado/Instagram

Mesmo com critérios bem definidos, descobrir que alguém tem TDPM nem sempre é fácil. Um artigo da Universidade de Harvard explica que muitas mulheres com esse transtorno acabam recebendo o diagnóstico errado.

Segundo a publicação, isso pode ocorrer de duas formas: em alguns casos, os sintomas são interpretados como variações hormonais comuns, o que pode levar à subvalorização do problema.

Em outros, o TDPM é confundido com transtornos como o transtorno bipolar, devido à semelhança na intensidade das alterações de humor. A diferença é que, no caso do TDPM, essas alterações estão diretamente ligadas ao ciclo menstrual e ocorrem de forma cíclica.

Bookmark the permalink.