Ações europeias despencam por conta do ‘tarifaço’


No começo da madrugada, as ações asiáticas também chegaram a índices muito baixos. Mesmo com caos global, presidente dos EUA, Donald Trump, não deu sinais de recuar em seus planos tarifários. Operador na Bolsa de Valores de Frankfurt, na Alemanha; ações europeias tomaram um tombo nas primeiras horas desta segunda-feira, após o governo da Grécia impor feriado bancário até 6 de julho
Ralph Orlowski/Reuters
As ações europeias despencaram para a mínima de 16 meses nesta segunda-feira, à medida que os investidores enfrentam a possibilidade de uma recessão após as tarifas abrangentes anunciadas pelos Estados Unidos na semana passada.
O presidente dos EUA, Donald Trump, não deu sinais de recuar em seus planos tarifários, apesar das retaliações da China, levando os investidores a precificarem cortes nas taxas de juros pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelo Federal Reserve.
O índice pan-europeu STOXX 600 caiu 5,8% às 04h22 (horário de Brasília), após registrar sua maior queda percentual diária desde a pandemia de COVID-19 na sexta-feira.
O índice de referência da Alemanha, sensível ao comércio, caiu 6,6%, sendo um dos mais afetados, com o Commerzbank e o Deutsche Bank perdendo 10,7% e 10%, respectivamente.
Fabricantes de armas, que haviam subido no início do ano com a perspectiva de aumento dos gastos com defesa, também sofreram forte queda nesta segunda-feira. A fabricante de tanques Rheinmetall recuou 23,7%, sendo a maior queda do STOXX 600, enquanto Hensoldt, Rheinmetall e Renk caíram entre 17% e 21%.
Trump disse a repórteres no fim de semana que os investidores “teriam que tomar seu remédio” e que ele não faria um acordo com a China até que o déficit comercial dos EUA fosse resolvido, o que desencadeou uma nova onda de vendas nos mercados asiáticos
Traders agora estimam que a taxa de depósito do BCE será de 1,70% em dezembro, ante 1,75% na sexta-feira e 1,9% na semana anterior ao anúncio tarifário de Trump.
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