Justiça aceita denúncia contra advogado preso pela PF suspeito de vazar informações a facção no AC


Thalles Damasceno Magalhães de Souza teve ainda a prisão preventiva revogada. Um ex-estagiário da Justiça que foi alvo da operação da PF também virou réu no processo. Thalles Damasceno Magalhães de Souza foi alvo da Operação Tricoat III em Rio Branco
Arquivo pessoal
A Justiça do Acre aceitou denúncia contra o advogado Thalles Damasceno Magalhães de Souza, preso na Operação Tricoat III, da Polícia Federal, suspeito de vazar informações sigilosas sobre investigação contra organização criminosa. Na mesma decisão, a Vara de Delitos e Organização Criminosa de Rio Branco revogou a prisão preventiva dele.
O advogado estava preso desde o dia 3 de maio deste ano no Batalhão de Operações Especiais (Bope). Além dele, um ex-estagiário da Justiça alvo da PF por envolvimento no esquema também virou réu no processo e teve a prisão revogada.
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A informação foi confirmada nesta quinta-feira (29) ao g1 pelo Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC). O processo corre em sigilo, por isso, não há detalhes sobre o teor da denúncia que foi recebida.
O advogado de Souza, Fábio Josep, disse que não pode comentar sobre o assunto.
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Arquivo/PF-AC
Investigação
A investigação começou logo após a deflagração da Operação Tricoat II, ocorrida no dia 27 de abril no Acre e mais seis estados, que revelou um esquema chefiado por advogado que tinha como objetivo a troca de informações sigilosas por vantagem pecuniária.
Conforme a PF, a investigação indica que o advogado, munido de informações sensíveis, tentou receber valores de investigados, com a finalidade de impedir e atrapalhar as investigações em curso. O estagiário da Justiça teria ajudado a vazar as informações.
Em razão dos fatos apurados, os investigados podem ser indiciados pelos crimes de integrar organização criminosa, bem como de impedimento e embaraço de investigação criminal. As penas somadas podem chegar a 16 anos.
A Operação Tricoat II tinha como principal objetivo combater o tráfico interestadual de drogas e a lavagem de dinheiro.
Na época da prisão do advogado, a Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Acre (OAB-AC) informou que acompanhou o cumprimento dos mandados de busca e apreensão na casa e no escritório dele e a prisão, bem como a apresentação das provas na sede da delegacia responsável pelo caso, conforme determina prerrogativas da advocacia.
VÍDEOS: g1

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