CPI das Bets: STF libera Deolane Bezerra de depoimento

Deolane Bezerra não é mais obrigado a comparecer à CPIReprodução

A influenciadora Deolane Bezerra não é mais obrigada a comparecer na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets para prestar depoimento, marcado para esta quinta-feira (10), às 9h, no Senado. A liminar solicitada pela defesa foi concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça.

Deolane foi convocada para explicar a atuação de influenciadores nas plataformas de apostas para atrair apostadores, a partir de um requerimento do senador Izalci Lucas (PL-DF).

Na decisão, Mendonça entendeu que Deolane é investigada pela Polícia Civil de Pernambuco e, por isso, não está na condição de testemunha, como definiu a CPI. Pelo entendimento, a influenciadora pode exercer o direito à não autoincriminação e deixar de comparecer ao depoimento.

Outros oito influenciadores devem ser chamados para depor na Comissão. A CPI, de acordo com o Senado Federal, investiga a crescente influência dos jogos virtuais de apostas online no orçamento das famílias brasileiras e uma possível associação com organizações criminosas para lavagem de dinheiro, bem como o uso de influenciadores digitais na promoção e divulgação dessas atividades.

Investigação

Deolane foi alvo da “Operação Integration”, da Polícia Civil de Pernambuco, e chegou a ficar presa durante 15 dias, em setembro de 2024. Ela é acusada de criar um site de apostas para lavar dinheiro de jogos ilegais. 

A ação foi desencadeada contra uma quadrilha suspeita de movimentar cerca de R$ 3 bilhões num esquema de lavagem de dinheiro de jogos de azar. Além da influenciadora, sua mãe, Solange Bezerra, o CEO da empresa Esportes da Sorte, Darwin Henrique da Silva Filho, também foram alvos da operação. Atualmente, Deolane responde em liberdade.

Anteriormente, Deolane Bezerra foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Civil de São Paulo em 2022. Na ocasião, a ação estava ligada à Betzord, uma empresa de apostas esportivas investigada por crimes contra a economia popular e associação criminosa.

No ano passado, André Mendonça também barrou o depoimento de Deolane em outra comissão, a CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas do Senado.

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