Máquina que recria miniaturas de monumentos pode promover avanços na ciência


Entre os monumentos replicados pela impressora de ultraprecisão está uma versão do Cristo Redentor, que só pode ser vista no microscópio. Máquina que recria miniaturas de monumentos pode promover avanços na ciência
TV Globo
Em Campinas, no interior de São Paulo, físicos desenvolveram uma miniatura do Cristo Redentor que só é visível no microscópio. A novidade —apesar do tamanho— pode representar um grande salto para a ciência.
A imagem do Nanocristo só pode ser vista pelo microscópio. A miniatura é menor do que um grão de areia.
Com trinta e oito metros, o Cristo Redentor do Rio de Janeiro é 350 mil vezes maior do que a escultura feita no Laboratório Centro de Tecnologia da Informação de Campinas, no interior de São Paulo.
O molde foi desenvolvido para testar a impressora de ultraprecisão.
“E a partir desses pontinhos, que você vai interligando eles, você gera essa peça minúscula, com essa riqueza de detalhes”, diz Cláudio Yamamoto, físico.
A Torre Eiffel e a Estátua da Liberdade também foram replicadas. As originais são milhares de vezes maiores. Agora, para quê fazer coisas tão pequenas assim?
Assim como as originais, as réplicas são ricas em detalhes e ajudaram a testar a máquina que vai permitir grandes avanços na medicina.
Imagine fazer um implante de ossos sem precisar utilizar um osso de verdade? Mas não para por aí: a máquina é capaz de fazer também conexões para juntar duas artérias.
“A gente imagina que um stent, um dispositivo que a gente aloja dentro de uma célula, é uma estrutura muito pequena e ela tem que ter pontos de reforço. Então, produzir isso de maneira controlada ajuda muito a ter uma resistência adequada, a um funcionamento adequado, que melhore o funcionamento deste dispositivo”, conta Pedro Yoshito Noritomi, coordenador do laboratório.
Estruturas que são microagulhas, no futuro, podem substituir as injeções:
“Microagulhas que podem estar escondidas dentro de um adesivo, um pequeno adesivo, que a pessoa vai colar na pele. Elas são tão pequenas que a pessoa não vai sentir a entrada delas”, diz o pesquisador.
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