Pais são presos após bebê de 10 meses ser levada morta para UPA em Campo Grande


Pais vão responder por negligência e homicídio culposo, já que, três dias antes da morte, levaram a menina na UPA e, quando ela estava em observação após realizar exames, a retiraram sem autorização médica. Pais foram levados para a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA).
Polícia Civil/MS
Os pais da bebê de 10 meses que chegou morta a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no bairro Universitário, em Campo Grande (MS), nesta segunda-feira (14), foram presos pela Polícia Civil. O homem, de 38 anos, e a mulher, de 23, foram presos em flagrante por homicídio culposo, ou seja, quando não há intenção de cometer o crime.
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De acordo com a Polícia Civil, pela manhã, os pais levaram a criança ao Corpo de Bombeiros, que a encaminhou até a UPA do bairro Universitário. Apesar dos esforços de reanimação, a bebê não resistiu e morreu.
A Polícia Militar foi chamada e iniciou as investigações na casa da família, no bairro Tijuca. No local, foram feitos exames de perícia. Conforme a polícia, a casa foi encontrada em más condições, com sujeira e desorganização.
O laudo da perícia apontou que a causa da morte foi insuficiência respiratória, provocada por uma broncopneumonia.
Atendimento anterior
Conforme o prontuário médico hospitalar da vítima, na sexta-feira (11), a criança já havia apresentado dificuldades respiratórias e foi levada pelos pais a uma unidade de saúde.
De acordo com registros repassados pela Secretaria Municipal de Saúde, às 15h01 a bebê recebeu classificação de risco amarelo, o que indica necessidade de atendimento em tempo oportuno, mas sem risco iminente de morte.
O primeiro atendimento médico, feito às 15h08, apontou diagnóstico de bronquiolite. Às 15h20, a criança recebeu medicação no leito de observação e foi submetida a um exame de raio-X.
Mais tarde, às 18h57, aconteceu uma nova reavaliação médica, e o protocolo de medicação foi mantido. Já às 20h26, equipe percebeu que a família teria deixado a unidade por conta própria, antes de terminar o tratamento e sem liberação médica.
Desde então, a menina não foi mais levada a nenhuma unidade de saúde e permaneceu em casa até esta segunda-feira (14), quando já chegou morta no Corpo de Bombeiros.
O casal irá passar por audiência de custódia. Segundo o delegado responsável pelo caso, Roberto Carlos Morgado Filho, um inquérito policial também será instaurado para apurar o crime de maus-tratos.
O casal ainda tem outros dois filhos, de três e seis anos, que foram encaminhados ao Conselho Tutelar.
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