Fraternidade e Amor Ágape — um Chamado à Essência do Evangelho

Reynaldo Soares da FonsecaGustavo Lima/STJ

Por: Reynaldo Soares da Fonseca**

fraternidade cristã não é simplesmente um laço social ou afetivo. Ela nasce de algo muito mais profundo: do reconhecimento de que somos todos filhos do mesmo Pai e, por isso, irmãos em Cristo. Mas esse vínculo só se torna real e visível quando é alimentado pelo amor ágape — o amor que se doa, que não exige retribuição, que suporta, crê, espera e permanece (1 Coríntios 13). 

O amor ágape é o cimento invisível que sustenta a verdadeira fraternidade. Ele não está preso às emoções, mas à decisão consciente de amar, mesmo quando é difícil. Foi esse amor que moveu jesus a lavar os pés dos discípulos, a perdoar os que o crucificaram e a oferecer a vida por todos, inclusive por aqueles que o rejeitavam. Esse amor é mais do que sentimento — é ação, sacrifício e compaixão. 

A fraternidade, quando iluminada pelo amor ágape, transforma comunidades. Ela quebra barreiras de egoísmo, cura divisões e revela ao mundo a presença de Deus entre nós. Como disse o apóstolo João: “Se nos amamos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor é aperfeiçoado em nós.” (1 joão 4:12) 

O Papa Francisco, na encíclica Fratelli Tutti, afirma com grande clareza:  “O amor constrói pontes, e estamos todos chamados a ser construtores de paz, a unir e não dividir, a extinguir o ódio e não alimentá-lo.” (Fratelli Tutti, n. 20) 

**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal iG

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