Equipes unem esforços para capturar onça que matou caseiro

Uma força-tarefa intensificou as buscas próximo ao Pesqueiro Touro Morto, no Pantanal, para localizar e capturar a onça-pintada que atacou e matou o caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos.

As buscas serão compostas por membros da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), pela Polícia Militar Ambiental (PMA), por um especialista em captura de grandes felinos e por guias locais.

O secretário-executivo Artur Falcette coordena as operações junto ao especialista, definindo horários de patrulha e áreas de maior incidência de rastros.

As equipes utilizam câmeras-armadilhas, rastreamento de pegadas e monitoramento por drone para cobrir trechos inacessíveis a pé.

Os esforços concentram-se nas imediações da sede da fazenda, onde a onça retornou na noite anterior ao ataque, segundo relatórios da Semadesc.

Nesta quarta-feira (23), imagens de segurança e registros fotográficos serão enviados para o Instituto de Perícias. O material deve esclarecer os momentos que antecederam o ataque e auxiliar na avaliação do comportamento atípico do felino.

 Além de garantir a segurança de moradores e visitantes, a captura visa levar o animal ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), onde passará por avaliação médica e comportamental. A ação também busca identificar as causas do comportamento hostil.

O coronel José Carlos Rodrigues reforça que todas as medidas de proteção estão em curso e que não há motivo para pânico. “A captura do animal é essencial para garantirmos a segurança da população e realizarmos o manejo adequado”, reforçou o coronel José Carlos Rodrigues, comandante da PMA

Relembre o caso

Na segunda-feira (21), no Pantanal, próximo ao Pesqueiro Touro Morto, uma onça-pintada atacou e matou o caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, após oferta ilegal de comida para atrair animais (ceva).

O corpo de Ávalo foi descoberto por um guia, que sofreu mordidas e arranhões no braço e foi levado ao hospital de Miranda.

Após o ataque, a onça fugiu para a vegetação densa da fazenda, deixando equipes de fiscalização em alerta.