Com início da estiagem, queimadas começam e registros de incêndios triplicam no Acre


Em maio, estado registrou 8 focos de incêndio e em junho número subiu para 31. Somente nesse domingo (2), foram contabilizados 14 focos de queimadas. Temporada de queimadas começa e registros de incêndios triplicam no Acre
Reprodução
A temporada de queimadas no Acre, que em geral vai de maio/junho a setembro/outubro, começou e os registros de incêndios mais que triplicaram no mês passado, segundo dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
No mês de maio, o estado acreano registrou oito focos de incêndio e em junho o número subiu para 31 focos. Os dados apontam uma tendência de alta nos registros de queimadas a cada dia. Somente nesse domingo (2), o estado teve 14 focos de queimadas, no dia 1 de julho não houve registro.
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Entre janeiro e junho deste ano, foram contabilizados 48 focos de queimadas no estado. Esse número é 64,9% menor que o registrado no mesmo período no ano passado, quando o Acre teve 137 focos.
Os registros do mês de junho deste ano também representam um recuo de 56,3% em relação a 2022. É que no ano passado, o estado contabilizou 71 focos de incêndio em junho.
A cidade com maior número de registro de focos este ano foi Cruzeiro do Sul, com um total de 16 focos entre janeiro e junho. Em seguida vem Rio Branco (6); Feijó (5) e Brasileia (4).
A falta de chuva registrada no estado pode ser apontada como um dos motivos para o aumento no número de incêndios – e a previsão de estiagem sinaliza uma possível piora da situação.
“Vale lembrar que no ano passado tivemos 0 milímetro de chuva no mês de julho e isso pode se repetir este ano, ou seja, podemos ficar um mês sem chuvas. E quando vem, são apenas aqueles serenos, que nem são registrados ou aquelas em forma de temporais, que trazem também complicações. Esse aumento nas queimadas é resultado de uma combinação de ausência de chuva, altas temperaturas, vegetação seca e ainda tem a questão da insistência das pessoas em queimar”, afirmou o coordenador da Defesa Civil Municipal de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão.
Desmatamento na Amazônia Legal
Nos cinco primeiros meses de 2023 foram registrados 25 quilômetros quadrados de desmatamento no Acre. Os dados são do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), obtidos via Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD).
Comparado ao mesmo período do ano passado, o número representa uma redução de 59,6%. Entre janeiro e maio de 2022, o Acre desmatou 62 km².
Os dados apontam que, em maio, foram desmatados 7 km² de floresta no Acre. Isso representa uma queda de 83% em relação ao mesmo mês no ano passado, quando foram registrados 40 km² de derrubada da floresta no estado.
A Amazônia Legal teve 339 quilômetros quadrados de seu território desmatado em maio, o que representa uma redução de 77% em relação a maio de 2022, quando o desmatamento somou 1.476 quilômetros quadrados.
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