Com emergência por síndromes gripais, Saúde estuda aumentar número de leitos pediátricos e não descarta suspensão de aulas no AC


Estado segue com sinais de crescimento nos casos de SRAGs e Secretaria Estadual de Saúde traça planejamento junto a outras pastas e autoridades municipais. Em entrevista ao Jornal do Acre 1ª Edição, o secretário Pedro Pascoal afirmou que as medidas irão seguir a curva epidemiológica. Secretário Pedro Pascoal falou ao Jornal do Acre 1ª Edição sobre estratégias para conter o avanço das síndromes gripais
Reprodução/Rede Amazônica Acre
Após decretar situação de emergência por conta do crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), principalmente entre crianças, o secretário estadual de Saúde, Pedro Pascoal, afirmou que as medidas estão sendo planejadas de acordo com o crescimento da curva epidemiológica, e não descarta a necessidade no aumento da oferta de leitos no Hospital da Criança, em Rio Branco, nem a possibilidade de interrupção nas aulas da rede pública de ensino para conter o avanço do contágio.
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De acordo com o Boletim InfoGripe, divulgado no último dia 27 de junho, afirma que o Acre é um dos cinco estados com tendência de curto e longo prazo nos casos de SRAGs, com dados correspondentes à semana epidemiológica 24, que vai de 11 a 17 de junho deste ano.
O estado acreano aparece com 95% de tendência de alta, considerando o longo prazo, ou seja, as últimas seis semanas. Já no curto prazo, últimas três semanas, o Acre aparece em estabilidade.
Ainda segundo Pascoal, esse período de estabilidade será utilizado para que as estratégias de combate às infecções sejam traçadas.
“Nós estamos usando os dados da vigilância epidemiológica para tomar estratégias em cima do aumento no número de casos. Como dito pelo boletim InfoGripe, nos temos uma tendência de estabilidade nos próximos dias, e é um período para que nós consigamos de forma estratégica organizar nosso sistema de saúde para caso tenha esse aumento que está previsto para o médio prazo”, ressaltou.
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Medidas
O secretário afirmou que o decreto de situação de emergência permitiu que o estado garantisse recursos para manutenção de equipamentos, aquisição de medicamentos, além da valorização dos profissionais. Além disso, as estratégias têm sido alinhadas junto a outras secretarias.
Pascoal não descartou a antecipação das férias do meio do ano na rede pública de ensino como forma de conter o avanço do contágio por vírus respiratórios, que acometem, principalmente, crianças.
“Estratégias estão sendo desenhadas para conscientização dentro das escolas. Estamos no período escolar, ainda faltam uns dias para as férias, e existe a possibilidade, tanto secretaria estadual e municipais, visto que o grupo maior afetado pelas síndromes gripais é o de menores de 4 anos, e as crianças até 9 anos também acabam acometidas”, ponderou.
Leitos
Nos últimos dias, com o crescimento no número de casos, Pascoal afirma que dois novos leitos de UTI foram criados no Hospital da Criança e mais 10 podem ser abertos, conforme o aumento de casos.
Porém, segundo o secretário, a atual capacidade da rede tem dado vazão aos atendimentos e oferecido o suporte necessário aos pacientes.
“O pronto socorro hoje se encontra com taxa de ocupação de 60%. No Hospital da Criança, as enfermarias têm 90%, e as utis têm 85%. Existe toda uma movimentação para que possamos abrir mais 10 leitos de enfermaria no Hospital da Criança, assim como leitos de suporte ventilatório no hospital de Brasiléia, e reforçando a rede de assistência no Hospital do Juruá, para que a gente consiga fazer um desfecho diferente de anos anteriores”, avaliou.
Sintomas
Pedro Pascoal também deixou um alerta para que os pais fiquem atentos aos sintomas das crianças, e orientou que cada quadro é atendido por uma unidade, sendo os mais graves destinados ao pronto socorro.
O secretário ressaltou ainda que a orientação é não mandar as crianças para a escola caso apresentem sintomas gripais.
“Sintomas de gravidade são aqueles que a criança tem dificuldade para respirar. Quando respira e o pescoço afunda, quando as costelas da criança ficam aparentes, aquela respiração abdominal que mostra esforço além do normal. Essas crianças devem ser direcionadas ao pronto socorro. As crianças que estão com aquela febre, não estão brincando como faziam: Upas. Aquelas que estão com a garganta doendo, mas estão fazendo as atividades normalmente, nós orientamos que levem às unidades básicas de saúde. É preciso que os pais entendam o nível de complexidade de cada etapa para que nós consigamos manter o atendimento de qualidade sem superlotação. O pronto socorro tem que estar livre para que a gente atenda o paciente grave”, explicou.
“O vírus se transmite através de gotículas. Quando a criança apresentar sintomas, não deixe ir para a escola. Quando a criança está em sala de aula, é ali que ela vai transmitir”, acrescentou.
VÍDEOS: g1

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