Príncipe Harry diz à BBC que quer ‘reconciliação’ com a família real


Em uma entrevista exclusiva na Califórnia, o príncipe diz que seu pai, o rei, não está falando com ele. Príncipe Harry
Andy Rain/EPA-EFE/REX/Shutterstock
O Duque de Sussex disse à BBC que “adoraria uma reconciliação” com a famíliar real, em uma entrevista emocionante na qual se disse “devastado” por perder um processo judicial sobre sua segurança no Reino Unido.
O príncipe Harry disse que seu pai não fala com ele por conta da questão da segurança, mas que não queria mais brigar e não sabia quanto tempo de vida o rei Charles ainda tinha.
O príncipe falou à BBC News na Califórnia após perder uma apelação sobre os níveis de segurança a que ele e sua família têm direito enquanto estiverem no Reino Unido.
“Não consigo imaginar um mundo em que eu traria minha esposa e filhos de volta para o Reino Unido neste momento”, disse ele após a derrota.
“Houve tantos desentendimentos entre mim e alguns membros da minha família”, disse ele, afirmando que agora os “perdoou”.
“Eu adoraria me reconciliar com a minha família. Não adianta continuar brigando, a vida é preciosa”, disse Harry.
“Não sei quanto tempo meu pai ainda tem, mas ele não fala comigo por causa dessa questão da segurança”, disse ele.
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O príncipe queria reverter as mudanças em sua segurança, introduzidas em 2020, quando ele deixou o cargo de membro da realeza e se mudou para os Estados Unidos.
Dizendo que se sentiu “decepcionado”, ele descreveu sua derrota na corte como uma “boa e velha armação do establishment” e culpou a família real por influenciar a decisão de reduzir sua segurança.
Questionado se havia pedido ao rei para intervir na disputa sobre segurança, Harry disse: “Eu nunca pedi a ele para intervir — pedi a ele para se afastar e deixar os especialistas fazerem seu trabalho”.
O príncipe disse que a forma como foi tratado durante o processo de decisão sobre sua segurança “revelou os piores medos”.
O príncipe Harry falou à BBC logo após perder sua mais recente ação judicial contra o governo britânico sobre o nível de segurança a que ele e sua família têm direito durante suas visitas ao Reino Unido.
O Tribunal de Apelação rejeitou o caso do príncipe, que dependia da decisão de um comitê oficial de remover sua elegibilidade para proteção automática e completa, como a que outros membros da realeza recebem.
Na sexta-feira, o tribunal decidiu que o príncipe Harry apresentou argumentos “fortes” sobre o nível de ameaça que ele e sua família enfrentam, mas afirmou que seu “sentimento de queixa” não “se traduzia em um argumento legal”.
Sua queixa legal girava em torno de um comitê chamado Proteção da Realeza e Figuras Públicas (Ravec, na sigla em inglês), que autoriza a segurança de membros da realeza em nome do Ministério do Interior, e era presidido na época por Sir Richard Mottram.
De acordo com os regulamentos do comitê, argumentou o príncipe Harry, seu caso deveria ter sido apresentado ao Conselho de Gestão de Riscos (RMB) do Ravec, que teria avaliado as ameaças à sua segurança e à de sua família — mas isso não aconteceu.
Na sexta-feira, juízes seniores disseram que o comitê havia divergido da política ao tomar sua decisão de 2020 sobre a segurança do príncipe, mas concluíram que havia sido “sensato” fazê-lo devido à complexidade de suas circunstâncias.
Príncipe Harry perde ação judicial sobre proteção policial
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