Conheça a barata gigante que come patos, sapos e até cobras

Pesquisadores do Japão descobriram informações interessantes sobre um inseto temido por muitos: a barata gigante aquática (cientificamente chamada Lethocerus indicus).
Popularmente chamada de “barata d’água”, ela não tem relação direta com as baratas domésticas, apesar da semelhança física.
Esse animal é um caçador muito eficiente, capaz de se alimentar de vários outros insetos.
Diferentemente de outras baratas, elas não possuem asas funcionais, embora tenham estruturas alares reduzidas.
As espécies Lethocerus grandis e Lethocerus maximus são as maiores do grupo e podem medir até 12 centímetros – quase do tamanho da palma de uma mão!
O estudo foi feito por pesquisadores da Universidade de Nagasaki, que juntaram informações coletadas ao longo de muitos anos.
O que mais chama atenção nesses insetos é sua anatomia. Essas baratas têm patas dianteiras muito fortes e usam dessa vantagem para agarrar suas presas.
As patas traseiras são adaptadas para natação, funcionando como remos, o que lhes permite deslocar-se com agilidade tanto para caçar quanto para fugir de predadores.
A barata gigante aquática é um predador de emboscada. Ela se esconde entre folhas submersas e detritos, aguardando pacientemente o momento ideal para atacar.
Quando algum animal desavisado passa perto, a barata gigante aplica uma toxina que paralisa a vítima antes de devorá-la.
Segundo os cientistas, o cardápio desse predador inclui até patos, além de peixes, sapos, cobras(!) e tartarugas.
Apesar do tamanho e da aparência intimidadora, esses insetos não são considerados perigosos para humanos, embora possam dar uma mordida extremamente dolorosa se forem manuseados de forma imprudente.
O veneno injetado não é letal, mas o ferimento pode causar inchaço, dor intensa e, em alguns casos, reações alérgicas.
Além do aspecto biológico, as baratas gigantes aquáticas também são conhecidas por seu comportamento reprodutivo curioso: em algumas espécies, os machos são responsáveis por cuidar dos ovos, que as fêmeas depositam em suas costas.
O macho carrega os ovos até que eles estejam prontos para eclodir, garantindo maior proteção contra predadores e evitando que os ovos se afoguem ou sequem.
Quando estão na fase adulta, algumas subespécies dessas baratas se tornam aptas a voar, atraídas por luzes artificiais à noite.
Culturalmente, esse inseto é considerado uma iguaria em alguns países asiáticos, como Tailândia e Vietnã, onde é frito e vendido em feiras livres
Apesar da sua má fama, as baratas gigantes aquáticas desempenham um papel importante no equilíbrio ecológico dos habitats que ocupam, controlando populações de pequenos animais aquáticos e contribuindo para a saúde do ecossistema.
Quando sua população diminui, isso pode indicar problemas ambientais, como poluição ou presença de espécies invasoras. Segundo o pesquisador Shin-ya Ohba, proteger esses insetos pode contribuir para a conservação de ecossistemas inteiros.
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