Segunda safra de milho tem perdas por causa do clima no Paraná


Produtores paranaenses fazem plantio da segunda safra de milho com uma das maiores áreas já plantadas na história do estado, mas falta de chuvas preocupa. Segunda safra do milho termina de ser semeada com desafios no Paraná
O plantio da segunda safra de milho já está praticamente finalizado no Paraná. Segundo estimativas do Departamento de Economia Rural (Deral), esta deve ser a segunda maior área plantada para a safra na história do estado. Porém, muitos produtores já estão registrando perdas significativas.
Muitos produtores enfrentaram falta de chuva. Com isso, as espigas não se desenvolveram tão bem, com menos fileiras e menos grãos.
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Foi o que aconteceu em duas das propriedades do agricultor Ari Diefenthaeler, em Cafelândia, no oeste do estado. Dos 600 hectares cultivados no total, pelo menos 60 foram afetados no início do plantio, em fevereiro.
“Com essa falta de chuva e altas temperaturas, a planta ficou ‘travada’ por um determinado período. Isso agravou o ataque de pragas, fazendo com que a gente precisasse gastar mais, aplicando mais inseticida, e isso reduz a nossa produtividade e rentabilidade”, diz Diefenthaeler .
Segunda safra de milho é semeada no Paraná. Produtores enfrentam perdas por falta de chuvas
Caminhos do Campo/RPC
A diferença entre áreas plantadas em momentos distintos é facilmente percebida. Na propriedade de Diefenthaeler, a parte da plantação que recebeu mais água deve render entre 120 e 130 sacas por hectare. Já na outra, plantada uma semana depois, a produção deve ser menor.
A área de milho safrinha plantada no estado é de 2,7 milhões de hectares, um volume 7% maior do que a safra anterior, segundo o Deral.
“Desse volume, 63% nessa semana está em condição boa de produção, 23% condição mediana, ou seja, pode ou não produzir, e 14 % ruim, aproximadamente 370 mil hectares que não devem atingir a produtividade mínima esperada para essa área”, explica Edmar Gervasio, analista do Deral.
O Deral já estima que 240 mil toneladas de milho vão deixar de ser produzidas nesta safra.
“A estimativa prevê uma produção em torno de 16 milhões de toneladas e isso já é 1,5% menor do que a expectativa inicial. E, provavelmente, nos próximos relatórios, esse número vai aumentar, porque as condições de campo não são favoráveis em boa parte do estado para o milho segunda safra”, diz Gervasio.
A esperança para os produtores é que, daqui para frente, não haja chuva em excesso e nem geada.
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