CTG Os Praianos celebra 17º rodeio internacional e supera expectativas

CTG Os Praianos celebrou 17º rodeio internacional – Foto: Nícolas Horácio/ND

As porteiras do CTG Os Praianos se fecharam neste domingo (4) à noite após dez dias de rodeio. Um dos mais famosos do Brasil, o evento em São José, na Grande Florianópolis, superou as expectativas da patronagem em termos de público.

No último dia do 17º Rodeio do CTG Os Praianos, teve show de Brenno e Matheus, atraindo um público mais jovem, e o grande show desta edição, Amado Batista.

O encerramento do rodeio também foi marcado pelas últimas provas na cancha de laço, como a disputa de laço em duplas – que teve como prêmio um carro zero quilômetro, um Fiat Mobi, dividido por quatro duplas de laçadores. Ao todo, foram mais de 80 atrações e de R$ 200 mil em prêmios em dez dias.

O patrão do CTG Os Praianos, Dimas Oliveira, fez uma avaliação positiva do rodeio. “Tudo o que nós fizemos teve resultado. Só temos que agradecer. Recebemos gente de Brasília, Cuiabá, Mato Grosso do Sul, do Rio Grande, mas também da Argentina e do Uruguai. Estou cansado, mas muito satisfeito e feliz como patrão”, afirmou.

Oliveira também celebrou o bom tempo. “Foi o que eu mais pedi e fomos abençoados. No rodeio do ano passado sofremos muito, mas esse ano, não. O que pedimos, Deus acolheu e está aí o resultado, tempo bom e maravilhoso”, completou.

O sota-capataz do CTG Os Praianos, Luiz Adauto Costa, também comemorou: “O tempo é um fator determinante num evento desses, aberto ao público. Tivemos dez dias de rodeio sem chuva e precisamos agradecer por essa bênção dos céus. É o maior patrocínio que tivemos. Também agradecer ao povo. Temos um povo fiel à nossa festa e abraçaram. Mais uma noite de parque cheio, com público atendendo ao nosso chamado”.

Segundo ele, a cada evento o público acolhe ainda mais. “Superamos as expectativas. Casa cheia tanto aqui na campeira, com a gineteada, o laço, quanto nas provas artísticas, o rodeio cultural, que foi muito lindo e encerramos com chave de ouro”, destacou.

Segundo Costa, a decisão de trazer Amado Batista para o evento atendeu a um pedido dos frequentadores, que escolheram o artista em pesquisas feitas pelo CTG.

“É um show esperado há muitos anos aqui e vamos retribuir o acolhimento do público oferecendo uma apresentação de alto nível. Estamos diversificando, buscando atender a todos os públicos”, completou o sota-capataz.

Disputas do rodeio foram consideradas de alto nível – Foto: Nícolas Horácio/ND

Sobre a qualidade das disputas no rodeio, ele disse: “Excelente nível. Tivemos laçadores e ginetes de alto nível, ginetes paraguaios, uruguaios, argentinos, o que é muito interessante. O que nós queremos é ver o bom nível”.

Outro destaque no rodeio cultural, foi o canto praiano, que chegou à quarta edição e teve 309 músicas inscritas, inclusive com competidores da Bahia. “A tradição gaúcha está caminhando, como sempre caminhou, mundo afora, mas marcou muito a força da música gaúcha, com um compositor baiano escrevendo música gaúcha. Isso mostra que estamos no caminho certo.”

Provas campeiras

As provas campeiras são aquelas disputas nas quais se utilizam bois e cavalos, como o laço, a gineteada e a paleteada. O diretor das provas campeiras do rodeio, Marlon Fernandes, destacou a qualidade das competições deste ano. “Tanto a qualidade do bovino, matéria-prima para conduzir o laço, quanto os laçadores, melhores ainda”, afirmou Fernandes.

Segundo o dirigente, outra decisão acertada foi a de oferecer um carro como premiação principal. “Muitos laçadores só comparecem quando tem uma premiação elevada assim. Veio muita gente de fora. Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás, Paraná, além de ginetes de fora”, frisou.

“Lugar perfeito para estar com os amigos”

A bancária Carla da Silveira Santos, 25 anos, frequenta os rodeios há muitos anos. Casada com o laçador Jhonatan Santos, ela é sócia do CTG e costuma acampar por lá quando tem rodeio.

“Ele laça desde os dois anos, a família toda é de rodeio e a gente sempre acampa”, disse Carla sobre o marido. “Gosto de vir e acompanhar, por conta da tradição e dos amigos que a gente faz. É mais pela parceria em si. As amizades são muito importantes”, completou. Além de conversar com os amigos, ela aproveitou para prestigiar o show de Amado Batista.

Provas do CTG Os Praianos – Foto: Nícolas Horácio/ND

A fisioterapeuta Rafaela Dezingrini, 23 anos, também é casada com um laçador. O marido dela, Vitor Machado, é amigo de infância de Jhonatan, e isso a aproximou de Carla. “Também venho pela amizade, pela gastronomia, conversar e jogar. A gente fica no dominó, Uno, passando um tempo e também fazendo compras”, salientou Rafaela.