Palácio Capanema, ícone modernista do Rio, reabre como centro cultural após restauração de R$ 84 milhões


Localizado no Centro do Rio, o palácio estava fechado desde 2019 e será reinaugurado oficialmente no próximo dia 20 de maio. Tombado em 1948, o prédio preservou características originais durante a reforma. Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro
Paula Giolito/Folhapress
O Palácio Gustavo Capanema, marco da arquitetura moderna brasileira, localizado no Centro do Rio de Janeiro, será reinaugurado oficialmente no próximo dia 20 de maio após quatro anos de obras de restauração.
O edifício, projetado por Lúcio Costa, Oscar Niemeyer e uma equipe de modernistas na década de 1930, passou por intervenções que custaram R$ 84,3 milhões em recursos do Governo Federal, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
A reabertura transformará o espaço em um centro cultural aberto ao público, além de sediar escritórios do Ministério da Cultura e instituições vinculadas ao órgão.
“Nós não estamos falando de qualquer coisa, nós estamos falando de um prédio que traz uma referência, traz uma história e certamente contribuirá para a economia da cultura do Rio de Janeiro”, celebrou a ministra Margareth Menezes.
Com áreas visitáveis, incluindo o futuro gabinete da ministra, o Palácio Capanema reforça seu papel como símbolo cultural, mesclando passado e presente.
Trabalho de preservação
Tombado em 1948, o prédio preservou características originais durante a reforma. O palácio estava fechado desde 2019.
Palácio Capanema, no Centro do Rio: exemplo de arquitetura moderna
Michel Filho / Prefeitura do Rio
Foram preservados itens como o mobiliário de época, azulejos de Candido Portinari e Paulo Osir e afrescos restaurados do próprio Portinari, incluindo a obra Jogos Infantis Brasileiros, no hall social do palácio.
Até mesmo as luminárias e pisos foram recuperados, enquanto janelas e estruturas receberam modernização.
O público também terá livre acesso ao palácio. O 16º andar ganhou um café público com terraço e o segundo andar abriga um jardim suspenso projetado por Burle Marx, com vista para a cidade.
“A gente ampliou a ocupação cultural, social do prédio, que já existia, parcialmente, com a biblioteca, que já existia, por exemplo. Pra quê? Pra que elas se apropriem desse prédio, pra que elas entendam a importância dele e passem a ser grandes parceiras da preservação”, comentou o presidente do Iphan, Leandro Grass.
Protesto de servidores
A cerimônia para anunciar a reabertura do palácio, porém, ocorreu sob protesto de servidores do Ministério da Cultura que estão em greve por reajuste salarial e recomposição de quadros. Margareth Menezes reconheceu desafios da pasta nessa área.
“Estamos reconstruindo a estrutura interna do ministério, que foi desmontada desde 2016, mas já avançamos em melhorias salariais e no plano de carreira”, comentou a ministra.
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