6 hábitos comuns após os 50 anos que podem minar sua saúde e longevidade

Homem de meia-idade sedentário assistindo TV no sofá para representar hábitos prejudiciais para a saúde após os 50 anos

O sedentarismo é um dos hábitos prejudiciais para a saúde após os 50 anos- Foto: Getty Images/ND

Chegar aos 50 anos marca uma nova fase da vida, mas também um período em que o corpo pode sentir mais intensamente os efeitos de hábitos pouco saudáveis.

A nutricionista Patricia Leite alerta que, com o passar do tempo, a capacidade de recuperação do organismo diminui, tornando crucial a adoção de um estilo de vida que promova o bem-estar.

Em um vídeo em seu canal do Youtube (confira abaixo), a especialista detalha seis dos piores hábitos que podem comprometer a saúde na maturidade e oferece insights sobre como revertê-los para uma vida mais longa e com qualidade.

Por que os hábitos pesam mais após os 50 anos?

Com o envelhecimento, o corpo naturalmente passa por transformações. “O corpo sofre mais com hábitos ruins com o passar do tempo, tornando-se mais difícil manter o vigor, energia e saúde que se tinha antes,” explica Patricia Leite. Por isso, identificar e modificar comportamentos prejudiciais torna-se uma prioridade para quem busca longevidade após 50 anos.

Os 6 piores hábitos pós-50 e seus impactos, segundo a nutricionista

Patricia Leite destaca seis comportamentos comuns que merecem atenção redobrada:

1. Sedentarismo crônico: o perigo de ficar parado

Considerado uma “epidemia”, o sedentarismo crônico caracteriza-se por longas horas sentado, seja no trabalho ou em atividades de lazer. Após a aposentadoria, esse risco pode aumentar.

Riscos associados:

  • Aumento de até 20% no risco de problemas cardiovasculares ao ficar mais de 6 horas seguidas sentado.
  • Piora da circulação sanguínea.
  • Enfraquecimento muscular.
  • Prejuízo a funções vitais, flexibilidade e equilíbrio.

Como mudar: A recomendação geral é de 150 minutos de atividade física semanal (ex: 30 min/dia de caminhada). Fazer pausas ativas (levantar-se e mover-se por 5 minutos a cada 30-40 minutos ou pelo menos a cada hora) é importante para a circulação sanguínea,” aconselha a nutricionista. Alongamentos e yoga também são indicados para evitar sedentarismo 50 anos.

2. Consumo excessivo de açúcar e carboidratos refinados

Pães brancos, massas brancas, arroz branco e produtos de padaria (bolos, biscoitos, doces) são rapidamente convertidos em açúcar no organismo.

Riscos Associados:

  • Problemas metabólicos, resistência à insulina, síndrome metabólica.
  • Gordura no fígado.
  • Doenças cardiovasculares.

Como mudar: O foco é no controle da quantidade. Não se trata de eliminar, mas de fazer escolhas conscientes e moderar o consumo desses alimentos de alto índice glicêmico.

3. Privação crônica de sono

Dificuldade em atingir o sono profundo e contínuo é uma queixa comum com o avançar da idade.

Riscos associados: A falta de sono de qualidade impacta a reparação celular, cognição, manutenção muscular, imunidade, metabolismo e secreção hormonal. “Aceitar a privação de sono sem tentar melhorá-la pode levar a uma piora da saúde,” alerta Patricia Leite.

Como mudar: Priorizar a higiene do sono. Atividade física e boa alimentação são aliadas para melhorar a qualidade do repouso.

4. Consumo excessivo de sal

O paladar pode se “viciar” no sal, levando a um consumo exagerado que sobrecarrega o sistema cardiovascular.

Riscos Associados:

  • Retenção de líquidos.
  • Sobrecarga cardíaca.
  • Aumento da pressão arterial.

Como mudar: “Caprichar nos temperos naturais (alho, cebola, especiarias como cúrcuma, cominho, páprica, curry, e temperos frescos como salsinha, cebolinha, coentro, hortelã, manjericão) pode ajudar a temperar a comida consumindo menos sódio,” sugere a especialista.

5. Viver sob estresse crônico

O estresse faz parte da vida moderna, mas quando crônico e exacerbado, torna-se um grande vilão para a saúde.

Riscos Associados:

  • Piora do sono.
  • Escolhas alimentares inadequadas.
  • Diminuição da disposição para atividades físicas.
  • Liberação de neurotransmissores prejudiciais.

Como Mudar: Adotar estratégias de gerenciamento de estresse. Em casos mais severos, a busca por ajuda profissional (psicólogo ou psiquiatra) é fundamental.

6. Consumo regular de álcool

O álcool é considerado especialmente prejudicial após os 50 anos.

Riscos Associados:

  • Desidratação, alteração do metabolismo.
  • Danos ao fígado, rins, coração e cérebro (morte de neurônios).
  • Piora da saúde intestinal (disbiose).
  • Aumento do risco de câncer.

Como mudar: A abstenção é o ideal. Se não for possível, a moderação é crucial (até uma dose/dia para mulheres e duas para homens, não diariamente). “Abster-se seria muito melhor para a saúde,” enfatiza a nutricionista.

home com mais de 50 anos de ressaca após consumo de álcool

O consumo de álcool após os 50 anos deve ser evitado ou diminuído – Foto: Getty Images/ND

A mudança de hábitos é a chave para uma maturidade saudável

Identificar esses hábitos prejudiciais para a saúde após os 50 anos é o primeiro passo. A nutricionista Patricia Leite reforça que a mudança, embora possa ser desafiadora, é fundamental para proteger a saúde, manter o vigor e a energia, e garantir uma maior longevidade com qualidade de vida.

Adotar um estilo de vida mais ativo, uma alimentação equilibrada, priorizar o sono, controlar o estresse e moderar ou eliminar o álcool são pilares para envelhecer de forma mais saudável e plena.

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