Viu um puma (ou leão-baio)? Saiba o que fazer para evitar ataques


Análise do Ibama confirmou indícios de ataque do felino a idoso no RS. Homem de 79 teve ferimentos no rosto, no braço esquerdo e na mão direita. Morador diz ter sido atacado por puma no Litoral Norte
Especialistas do Ibama foram a Maquiné, no Litoral Norte do RS, nesta terça-feira (6), e constataram que há indícios de que o ataque que deixou um idoso de 79 anos ferido na manhã de domingo (4) foi mesmo cometido por um puma.
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De acordo com Cibele Indrusiak, analista ambiental do órgão, o relato de Darci Pelisser é compatível com os arranhões que ele tem no braço. Boa parte dos outros ferimentos, no entanto, pode ter sido causada durante a fuga do homem por uma região de mato.
“São muitos arranhões superficiais, e ele mesmo confirmou que muito daquilo é arranhão do mato por onde ele correu. Os arranhões que ele tem no braço são bem compatíveis com um ataque de puma, mas o animal não conseguiu aprofundar as unhas”, explica Cibele.
Agricultor aposentado Darci Pelisser, de 79 anos, relata ter sido atacado por um puma em Maquiné (RS)
Reprodução/RBS TV
Como se precaver
Os pumas têm como habitat a Mata Atlântica e o Pampa, podendo ser vistos tanto em períodos diurnos quanto noturnos. Maquiné, de acordo com o Ibama, é uma região de ocorrência deste tipo de felino. Ataques assim, no entanto, não são comuns.
“Não há necessidade de as pessoas estarem com medo, já que esse é um fato isolado, e os registros mostram que não tem incidência de ataque a seres humanos”, explica o tenente Jeferson Zanini, comandante do Pelotão Ambiental de Capão da Canoa, cidade vizinha a Maquiné.
Darci contou à RBS TV que cria gado nas proximidades de onde o ataque aconteceu. Os animais teriam escapado, por isso ele teria ido até a zona rural do município. Um cachorro acompanhava o homem. Segundo a técnica do Ibama, o que provocou o ataque do puma foi um primeiro avanço do cão.
“Ele atiçou o cachorro contra o animal que estava escondido ali no mato, porque achou que era um tatu. Ele contou isso e disse que, por curiosidade, acabou provocando esse revide da onça. E ela não seguiu atacando, ela fez essa investida, e cada um foi para um lado”, explica.
A analista ambiental Cibele ressalta que ataques, tanto a humanos, quanto a animais de estimação, não são comuns. “Ele mesmo disse que nunca teve nenhuma criação predada, e o posto de saúde também não tem nenhum relato de nada parecido”, conta a técnica.
As orientações do Ibama em casos deste tipo são:
Não se colocar em situação de confronto ou vulnerabilidade em relação ao animal;
Deixar o animal sossegado, não interagir com ele;
Não deixar galinhas e porcos soltos, fechar os criadouros durante a noite.
Além disso, a prefeitura de Maquiné orienta os moradores a redobrarem a atenção ao circularem por áreas de mata, evitarem andar sozinho em trilhas e manterem animais domésticos seguros.
Já o Comando Ambiental da Brigada Militar orienta que, ao avistar qualquer animal silvestre de grande porte, a população mantenha distância e acione imediatamente o telefone 190 ou o Batalhão Ambiental mais próximo.
Agricultor diz ter sido atacado por um Puma no interior de Maquiné
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