Conclave: cardeal pede unidade da igreja: “Momento difícil”

Cardeal Battista ReALESSANDRO DI MEO

Na missa que antecedeu o início do conclave nesta quarta-feira (7), o cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício, pediu que os eleitores atuem com “total isenção pessoal” na escolha do novo papa. Segundo ele, trata-se de um momento “difícil e complexo da história”, que exige discernimento profundo e unidade na diversidade.

“Estamos aqui para implorar a luz e a força do Espírito Santo, para que seja eleito o papa que a Igreja e a humanidade precisam neste tempo”, afirmou Re, durante a homilia celebrada pela manhã. Ele destacou que a missão do sucessor de Francisco será fortalecer a comunhão da Igreja e promover uma “fraternidade humana universal”, baseada na fidelidade ao Evangelho.

O cardeal também chamou atenção para a responsabilidade dos votantes reunidos na Capela Sistina. Segundo ele, a imagem do Juízo Final pintada por Michelangelo deve servir de lembrete do peso de confiar as “chaves supremas” a alguém capaz de conduzir espiritualmente a Igreja num mundo que, embora avançado tecnologicamente, “tende a esquecer Deus”.

O conclave começou às 11h30 (horário de Brasília), e a primeira fumaça deve sair da chaminé da Capela Sistina por volta das 14h. A expectativa, porém, é que seja escura, sinal de que ainda não houve consenso, o que levaria a novas rodadas de votação a partir desta quinta-feira (8).

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