Tornado em Erval Grande (RS): entenda como o fenômeno é formado

Casa destruída na zona rural de Erval Grande (RS)Reprodução/Prefeitura de Erval Grande/MetSul

Um tornado danificou 285 casas e deixou cerca de 40 famílias desalojadas na zona rural de Erval Grande, no norte do Rio Grande do Sul, na última sexta-feira (10). Segundo a Defesa Civil, os ventos, que podem ter ultrapassado os 100 km/h, destruiu parcialmente estruturas, arrancou telhados e provou a queda de árvores. A cidade de 5 mil habitantes decretou situação de emergência por causa dos estragos.

O fenômeno é o resultado de uma combinação específica de fatores meteorológicos, como a presença de uma frente fria, sistema de baixa pressão e a chegada de uma massa de ar quente, causando um ambiente de alta instabilidade atmosférica.

Formação de tornados

Caracterizado por colunas de ar em rotação intensa da base de uma tempestade até o solo, o tornado é classificado a partir da escala Fujita, que varia de F0 a F5.

A partir de condições climáticas específicas e favoráveis para a formação, o ar quente e úmido, acompanhado de ventos fortes, sobe para a atmosfera e se choca com o ar frio e seco, criando os ventos em rotação que descem ao solo.

O Rio Grande do Sul teve o encontro de duas massas de ar, frio e quente, no último dia 10, o que proporcionou o surgimento do fenômeno, ainda que não se tenha registro da coluna de ar.

Imagens de radar

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indicou que na sexta-feira uma frente fria estava posicionada no território gaúcho próxima à fronteira com o Uruguai, enquanto um centro de baixa pressão atuava ao norte do estado, próximo ao Paraguai.

O fenômeno foi definido como um tornado, que atuou entre 14h50 e 15h10 de sexta, após análise das condições atmosféricas nas imagens do radar meteorológico de Chapecó (SC), somada à constatação da Defesa Civil no local.

Danos em outras áreas

Em Santa Catarina, outro tornado atingiu o município de Palmitos, no Oeste do estado, também na tarde de sexta. O município decretou situação de emergência pelos estragos. 

Um agricultor morreu após ser atingido por uma árvore. Outras 65 pessoas ficaram desalojadas, e 50 residências foram danificadas. A infraestrutura local em Palmitos também foi duramente impactada pela chuva: pontes, pontilhões, tubulações e estradas sofreram danos, dificultando o acesso às comunidades e o trabalho das equipes de socorro.

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