Arqueólogos afirmam ter achado o túmulo de Jesus em Jerusalém

Ruínas em JerusalemReprodução Pixabay

Achados arqueológicos recentes em Jerusalém sugerem que o túmulo de Jesus, descrito na Bíblia, pode finalmente ter sido identificado. A descoberta ocorreu durante escavações na Igreja do Santo Sepulcro, local tradicionalmente associado à crucificação e sepultamento de Jesus Cristo. As informações são do The Mirror.

Segundo os estudiosos, a descrição encontrada no Evangelho de João — que fala de um jardim com um túmulo novo próximo ao local da crucificação — coincide com o que foi revelado sob o piso da antiga basílica. Análises de pólen e vestígios botânicos indicaram que, naquela época, havia oliveiras e vinhedos, o que reforça o cenário bíblico descrito.

A arqueóloga Francesca Romana Stasolla, da Universidade La Sapienza, de Roma, lidera a equipe responsável pelas escavações. Os trabalhos começaram após a aprovação de uma renovação histórica da igreja, um esforço conjunto das três autoridades religiosas que administram o local (Ortodoxa, Franciscana e Armênia), interrompido temporariamente devido à Páscoa.

A escavação revelou também uma base circular de mármore sob o atual edículo (pequena estrutura que marca o suposto túmulo de Cristo), o que remete à primeira monumentalização da área, feita no século IV por ordem do imperador Constantino. Moedas do mesmo período, além de milhares de fragmentos de cerâmica, ossos de animais e restos alimentares, também foram encontrados, revelando hábitos de peregrinos e religiosos ao longo dos séculos.

Além disso, o terreno revela sinais de ocupação agrícola antes da construção da igreja, com evidências de que o espaço servia como campo cultivado entre o Calvário e o túmulo, exatamente como relatado nas Escrituras.

Embora a arqueologia não possa comprovar de forma definitiva que o túmulo pertenceu a Jesus, Stasolla destaca que a fé de milhões de pessoas ao longo dos séculos foi o que preservou o local. “O verdadeiro tesouro que estamos revelando é a história das pessoas que, por meio de sua fé, transformaram esse lugar no que ele é”, afirmou ao The Mirror.

A equipe italiana, que trabalha em turnos com 10 a 12 pessoas em Jerusalém, espera retomar as escavações nos próximos meses. As descobertas poderão, no futuro, compor uma reconstrução multimídia completa do local, unindo história, ciência e espiritualidade em um dos pontos mais sagrados do cristianismo.

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