Aposentado tem mais de R$ 9 mil sacados de conta bancária por desconhecido enquanto viajava para Foz do Iguaçu


Cliente afirma que o valor foi retirado no caixa presencial da própria agência, mesmo estando em outro estado. Dinheiro foi sacado presencialmente na agência da Caixa Econômica Federal, na Avenida São Francisco, no Centro, em Santos
Arquivo/ Matheus Tagé/ A Tribuna Jornal
O aposentado Márcio Antônio Galvão Guerreiro, de 64 anos, viveu um pesadelo ao descobrir que R$ 9.450 haviam sido retirados da sua conta bancária enquanto ele viajava para Foz do Iguaçu, no Paraná. O saque foi feito em uma agência da Caixa Econômica Federal, localizada na Avenida São Francisco, em Santos, no litoral de São Paulo.
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“Eu descobri o rombo quando fui pagar um boleto da Porto Seguro. Tinha R$ 1.900 a menos na minha conta. Foi aí que vi que tinham sacado quase R$ 10 mil”, contou Márcio. Segundo ele, o valor foi retirado presencialmente no caixa eletrônico e sem qualquer notificação por parte do banco, o que chamou ainda mais a atenção dele.
O saque, além de indevido, gerou um prejuízo emocional e financeiro que afetou a viagem do aposentado. “Ainda bem que eu tinha um dinheirinho guardado na poupança, senão como eu ia me alimentar? Como ia pegar um táxi para o aeroporto? E se eu não tivesse filhos para me ajudar?”, desabafou.
Márcio viajou na terça-feira (6) e voltou na sexta-feira (9). Ele afirmou ter todos os comprovantes que provam sua ausência da cidade no momento do saque: recibos da Latam, registros de Uber, hospedagem em um Airbnb em Foz do Iguaçu, além de capturas de tela e documentos que comprovam a viagem.
“É tudo documentado. Parece até que eu estava esperando isso acontecer. Guardei tudo, até papel de ônibus que usei para ir para São Paulo pegar o avião”, disse.
Como o saque foi autorizado?
Ao perceber o problema, ele entrou em contato com a Caixa por telefone e, posteriormente, foi até uma agência em Foz do Iguaçu. O caso foi protocolado no banco e a instituição informou que tem até 10 dias para analisar a situação.
“O gerente reconheceu que era algo estranho, mas disse que eu tenho que aguardar. Aí eu pergunto: eu sobrevivo de quê nesse tempo?”, questionou.
Ele também foi em uma delegacia no Paraná, mas a tentativa de registrar um boletim de ocorrência (BO) no local foi frustrada porque a delegacia estava sem sistema. O registro acabou sendo feito online, já em Santos.
Márcio também relata ter enfrentado dificuldades para entender como o saque foi autorizado. “Quando fui ajudar minha filha a comprar um carro, tentei fazer um PIX e foi negado porque eu não tinha autorização para esse valor. Mas alguém consegue sacar quase isso na boca do caixa e sem documento com foto? Sem minha presença? Tem câmera, tem sistema. Por que não usaram?”.
Indignado, ele diz que vai procurar todos os meios possíveis para reaver o dinheiro e garantir que casos assim não se repitam. “Se fosse uma pessoa mais vulnerável, sem instrução ou sem ninguém por perto, o que aconteceria? E ainda te olham como se o bandido fosse você.”
Caixa Econômica Federal
Procurada, a Caixa Econômica Federal informou que está apurando a situação para enviar um posicionamento sobre o caso.
A Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) também foi procurada, mas até a publicação desta reportagem não se posicionou sobre o caso.
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