O que acontece quando o bebê não tem mais batimento cardíaco?

O que acontece quando o bebê não tem mais batimento cardíaco?

O que acontece quando o bebê não tem mais batimento cardíaco? – Foto: Banco de Imagens/ND

O que acontece quando o bebê deixa de ter batimento cardíaco? A pergunta ganhou repercussão após a apresentadora Tati Machado, de 33 anos, anunciar a perda de seu bebê no oitavo mês de gestação. De acordo com sua assessoria, as causas ainda estão sendo investigadas.

“Tati precisou passar pelo trabalho de parto, um processo vivido com muito amor, coragem e uma dor imensa”, diz o comunicado.

Mas, afinal, o que acontece quando o bebê deixa de ter batimento cardíaco?

Em termos médicos, a ausência de batimentos cardíacos durante a gestação costuma indicar um caso de morte fetal intrauterina. A condição exige avaliação e conduta imediatas por parte da equipe de saúde da gestante, visto que pode apresentar consequências físicas e psicológicas à mulher.

Segundo o portal Drauzio Varella, a perda gestacional pode ocorrer em qualquer fase da gravidez, embora seja mais comum nas primeiras 12 semanas — sendo classificada como precoce e geralmente relacionada a alterações genéticas. Há, também a perda gestacional tardia.

Ela acontece entre a 13ª e a 22ª semana de gestação e é classificada como óbito fetal. Suas causas podem ter diversos fatores, incluindo alterações cromossômicas. Após o período, caso o feto não tenha mais batimento cardíaco, as causas podem ser uma associação de vários fatores.

A partir da 23ª semana de gestação, condições como hipertensão, diabetes, infecções e doenças como a trombofilia — caracterizada pela maior tendência do sangue a formar coágulos, aumentando o risco de trombose — estão entre os fatores que podem estar associados à perda fetal.

Após a perda do batimento cardíaco, quais são os próximos passos?

Dependendo da idade gestacional e do estado clínico da gestante, é feita a indução do parto — em gestações mais avançadas, como o caso de Tati Machado — ou a aspiração/curetagem uterina, comum nas perdas que ocorrem ao longo do primeiro trimestre da gravidez.

O que é o sofrimento fetal e como ele leva à ausência de batimentos cardíacos?

Segundo o Manual MSD, que traz referências médicas publicadas pela empresa farmacêutica americana Merck & Co., “o sofrimento fetal é uma complicação pouco comum do trabalho de parto. Geralmente ocorre quando o feto não recebe oxigênio suficiente”.

O sofrimento fetal pode ocorrer quando a gravidez é muito longa ou existam outras complicações no período gestacional ou no trabalho de parto. Em geral, o médico identifica o sofrimento fetal com base em um padrão de frequência cardíaca anormal do feto, indica o Manual MSD.

A depender de como está o suprimento de oxigênio do feto, o sofrimento fetal pode levar à ausência de batimentos cardíacos.

E o aborto retido, o que é?

Conforme a MedWay, o aborto retido acontece após morte embrionária ou fetal. É uma perda gestacional assintomática, diagnosticada por meio de um ultrassom. A maioria das mulheres afetadas não apresenta sintomas, embora cólicas e/ou sangramentos possam ocorrer em alguns casos.

Como a expulsão não ocorre de forma espontânea, é necessário realizar a remoção do feto do útero após o diagnóstico.

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