Mulher transexual é agredida por vizinho em Mogi das Cruzes


Ela foi agredida quando chegava em casa. Em fevereiro, vítima fez boletim de ocorrência contra o agressor, pois ele a ameaçou. Caso foi registrado no 2º Distrito Policial como discriminação e ameaça. Caso foi registrado no 2º DP de Mogi das Cruzes
Reprodução/TV Diário
Uma mulher transexual foi agredida pelo vizinho quando chegava em casa na Vila Morais, em Mogi das Cruzes. Em fevereiro, a vítima já tinha registrado um boletim de ocorrência contra o agressor, pois ele a ameaçou.
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A agressão foi no dia 8 de maio, mas o boletim de ocorrência foi registrado nesta segunda-feira (12). No documento a vítima, Ryhanna Felix de 22 anos, relatou que teve um desentendimento com o vizinho no dia 7 de maio.
No boletim, ela explicou que o agressor acreditava que ela tinha esbarrado de propósito na esposa dele. Quando Ryhanna chegava em casa com a irmã no dia 8, o homem começou as agressões. Ela disse ainda que ele a ofendeu, dizendo: “Seu ‘viadinho’, você não é ela, você é ele, toda vez que você sair de casa, eu vou te amassar”, entre outras ameaças.
No boletim, a vítima informou que acredita que as agressões do vizinho aconteceram devido a sua identidade de gênero e religião.
Por telefone, ao g1, a irmã da vítima que presenciou o fato, a babá Jade Felix, contou que Ryhanna está machucada e precisou passar por uma cirurgia no maxilar.
“Fomos deixar um amigo no ponto perto de casa, estávamos voltando pra casa, quando ele viu a gente. Ele começou a bater na minha irmã e enviou mensagem para o irmão dele ir até lá com um pedaço de pau. Ele bateu na minha irmã com madeira”, contou.
Segundo o boletim de ocorrência, a vítima já tinha registrado um boletim de ocorrência contra o agressor em fevereiro deste ano.
O g1 pediu e aguarda uma posição da Secretaria Estadual de Segurança Pública.
O caso foi registrado como discriminação, injúria e ameaça no 2º Distrito Policial (DP) de Mogi das Cruzes.
Ameaça
No dia 25 de fevereiro, as irmãs registraram o primeiro boletim de ocorrência contra o agressor.
No documento, elas relataram que no dia 24, um grupo de quatro pessoas foi até a casa delas e as acusaram de furtar uma lixadeira elétrica. O grupo também teria feito ameaças, dizendo: “Seus ‘viados’, tomem cuidado por aí, senão, vocês vão ver”.
As vítimas reconheceram que duas pessoas do grupo eram moradoras do bairro.
No depoimento, as irmãs afirmaram não saberem sobre o furto da ferramenta e que uma vizinha teria começado o boato.
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