Suspeito de integrar grupo criminoso de estelionato que causou prejuízo de R$ 12 milhões no PI é preso em GO

A prisão partiu de uma operação da Polícia Civil do Piauí nomeada de Personagens, que investiga uma quadrilha que usava “laranjas” e reconhecimento facial para fraudar bancos. Um homem identificado pelas iniciais F. O. A., e conhecido como “Hacker”, foi preso na manhã de quinta-feira (15) em Luziânia (GO) pela Polícia Civil do Piauí (PCPI). Segundo o delegado Ayslan Magalhães, ele é suspeito de integrar o grupo criminoso de estelionato que causou prejuízo de R$ 12 milhões.
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O homem é conhecido com Hacker, segundo a polícia, devido às suas habilidades com informática. O delegado explicou que o mandado de prisão preventiva do homem foi cumprido pelos crimes de lavagem de dinheiro, falsificação de documento público e estelionato.
A prisão faz parte da Operação Personagem deflagrada pela 2ª Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa de Parnaíba (2ª DHPP), com o apoio do Núcleo de Inteligência de Parnaíba. Os primeiros alvos foram presos no dia 4 de abril deste ano.
“F.O.A era um dos principais membros da organização criminosa, sendo mentor e operador do esquema de fraudes em empréstimos consignados”, afirmou o delegado Ayslan.
Quando a operação foi deflagrada, conforme a PCPI, Hacker se encontrava no estado de Goiás e lá permaneceu escondido, até ser localizado e preso em ação coordenada pela polícia do Piauí, com o apoio das forças policiais locais.
Operação Personagem
A operação, segundo o delegado Ayslan, segue em andamento, com foco na identificação e responsabilização de todos os envolvidos em esquemas criminosos relacionados a fraudes e movimentações ilícitas de recursos.
A ação visa cumprir 57 mandados judiciais, sendo 30 de busca e apreensão e 27 de prisão, nas cidades de Parnaíba, Luís Correia, no litoral do Piauí, Imperatriz, no Maranhão, e outros municípios maranhenses ainda não informados pela polícia.
Um dos alvos da operação está na Itália e, por isso, a ordem de prisão contra ele será inserida na Difusão Vermelha da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal).
A investigação, segundo a polícia, revelou que a rede criminosa utilizava diversos métodos de fraude como falsificação de RGs e CNHs, abertura de contas bancárias com dados falsos, obtenção de empréstimos consignados fraudulentos e uso indevido de cartões de crédito para compras com milhas e contratação de seguros de vida.
Como agiam
Conforme a investigação, os criminosos se dividiam em núcleos com funções distintas. Um dos grupos era responsável por recrutar “laranjas” que forneciam fotos e dados para a confecção de documentos falsos.
Com as informações, outro núcleo criava contas bancárias digitais em nome das vítimas, principalmente de pessoas beneficiárias de programas previdenciários.
Para concluir os processos de verificação dos bancos, que muitas instituições utilizam como forma de segurança em seus aplicativos, os criminosos usavam a técnica de validação por reconhecimento facial, com a participação dos “laranjas”.
Após a aprovação dos empréstimos fraudulentos, os valores eram transferidos para contas controladas por intermediários e, posteriormente, para os membros da organização.
Geralmente, o dinheiro era encaminhado diretamente para os líderes do esquema, com prejuízo estimado pela polícia que ultrapassa R$ 12 milhões. A polícia informou que a investigação tenta identificar todos os envolvidos e recuperar os valores desviados.
A Polícia Civil reforça seu compromisso com o combate à criminalidade e solicita o apoio da população por meio de denúncias anônimas, que podem ser feitas pelo número (86) 99485-0783 ou pelo link: linktr.ee/dhtlparnaiba.
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