Suplementos alimentares são necessários? Veja o que diz a ciência

Suplementos alimentares

Suplementos alimentares são necessários? – Foto: Banco de Imagens/ND

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu, nesta sexta-feira (16), a fabricação, comercialização, distribuição, propaganda e uso de 13 suplementos alimentares no Brasil. Mas, afinal, esses produtos são realmente indispensáveis no nosso dia a dia?

Segundo o Ministério da Saúde, os suplementos alimentares não são medicamentos e, por isso, não servem para tratar, prevenir ou curar doenças. Sua finalidade é fornecer nutrientes, substâncias bioativas, enzimas ou probióticos em complemento à alimentação.

Para isso, só podem ser utilizados nos suplementos ingredientes e aditivos que tenham sido autorizados pela Anvisa.

Quem pode consumir os suplementos alimentares?

Os suplementos são indicados para pessoas saudáveis como uma forma de complementar a alimentação, especialmente em casos de dietas restritivas.

Alterações metabólicas e a prática intensa de atividade física também se enquadram na categoria. Já pessoas com doenças ou condições específicas — como deficiências nutricionais — devem buscar orientação de um profissional de saúde habilitado antes de iniciar o consumo.

Quais os efeitos esperados ao tomar suplementos alimentares?

Segundo a Anvisa, os benefícios do uso dos suplementos estão relacionados à substância ou ao microrganismo fornecido e só podem ser destacados conforme autorização do órgão mediante comprovação científica. Eles não podem indicar prevenção, tratamento ou cura de doenças.

Esse tipo de alegação é restrita a medicamentos e precisam ser comprovadas por outros meios, afirma o Ministério da Saúde.

Medicamentos

Apenas medicamentos podem indicar podem indicar prevenção, tratamento ou cura de doenças – Foto: Banco de Imagens/ND

Como identificar os suplementos alimentares?

As embalagens devem identificar o produto como “SUPLEMENTO ALIMENTAR”, acompanhado da forma farmacêutica em que é apresentado.

As informações devem estar em letras maiúsculas e em negrito. Também é permitido incluir como os nutrientes fornecidos e a fonte de onde foram extraídos. Por exemplo, um suplemento em cápsula fonte de licopeno que usa como constituinte licopeno de tomate pode ser designado assim:

  • “SUPLEMENTO ALIMENTAR EM CÁPSULA”;
  • “SUPLEMENTO ALIMENTAR DE LICOPENO EM CÁPSULA”;
  • “SUPLEMENTO ALIMENTAR DE LICOPENO DE TOMATE EM CÁPSULA”.

O que o rótulo dos suplementos alimentares deve conter?

  • Nome do produto;
  • Recomendação de uso com quantidade e frequência diária de consumo recomendadas para cada grupo populacional e faixa etária;
  • Advertências gerais e outras específicas, que variam de acordo com a composição ou forma de administração do suplemento alimentar;
  • Restrição de uso, quando o produto não puder ser consumido por determinado grupo populacional;
  • Tabela nutricional, com descrição das quantidades de nutrientes, substâncias bioativas, enzimas e probióticos;
  • Lista de ingredientes, com todos os constituintes usados na formulação;
  • Declaração da presença de alergênicos, glúten e lactose.

Usar suplementos é seguro?

Suplementos alimentares

Os suplementos alimentares são seguros? – Foto: Banco de Imagens/ND

Segundo o Ministério da Saúde, a maior parte dos riscos associados ao uso de suplementos está relacionada ao consumo de produtos irregulares.

Esses suplementos podem conter substâncias que não foram avaliadas pela autoridade sanitária ou que, embora avaliadas, não estão autorizadas por falta de dados sobre sua segurança ou por haver evidências de danos à saúde. Por isso, é fundamental estar atento.

Alguns ingredientes utilizados em suplementos são sintéticos ou extraídos de fontes não alimentares, exigindo uma avaliação criteriosa antes de serem disponibilizados. Mesmo ingredientes de origem alimentar podem passar por processos de extração que concentram substâncias tóxicas.

Vale destacar que, mesmo os produtos regulares — elaborados conforme as normas — podem oferecer riscos quando consumidos em quantidades superiores ao limite de segurança ou por pessoas para as quais não são indicados. Por isso, é essencial observar as recomendações do fabricante.

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