Servidores de Araraquara entram em greve e protestam por aumento salarial; 10 escolas fecham e UBS’s funcionam parcialmente


Sindicato da categoria diz que trabalhadores são contra a proposta da prefeitura de fusão do abono pecuniário ao vale-alimentação. Greve de servidores de Araraquara pede reajuste de salário e melhoria de benefícios
Servidores públicos municipais de Araraquara (SP) entraram em greve e realizaram protesto nesta manhã de terça-feira (20), em frente à prefeitura, para reivindicar reajuste salarial e melhores condições de trabalho.
Cerca de 10 escolas municipais estão fechadas e o atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) foram parcialmente afetados.
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De acordo com o Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região (Sismar), os trabalhadores são contra a proposta da prefeitura de fusão do abono pecuniário ao vale-alimentação, o que vai impactar na perda de ganhos dos servidores.
Os servidores pedem a reposição da inflação acrescida de 10% de aumento real, reajuste no vale-alimentação para R$ 1,2 mil, desvinculação das faltas abonadas do vale-alimentação e majoração do abono pecuniário para R$ 250, entre outras.
A prefeitura ofereceu 5,49% de reposição da inflação e vale-alimentação de R$ 1,1 mil, com a incorporação do abono pecuniário (que sai do salário e vai para o vale-alimentação) e a incorporação de um bônus de R$ 200. Desta forma, o reajuste do auxílio-alimentação seria de R$ 97,29, conforme a proposta do governo.
“A valorização que o prefeito diz estar dando para a gente, é realmente ao contrário, ele está tirando do nosso salário. A gente que fica com os filhos, a gente que cozinha, a gente dá saúde. Ele está tirando dinheiro da gente, que trabalha todo dia. O meu sentimento é de revolta, pois não dá pra trabalhar e não dá para amar o que eu faço. E foi difícil também tomar essa decisão de estar aqui. Eu não gostaria de estar aqui, eu gostaria de estar trabalhando na creche, que é um lugar que eu amo estar. Só que com essa perda não para estar em outro lugar que não seja aqui”, disse a agente de educaão Ana Carolina de Souza, de 27 anos.
Em nota, a prefeitura informou que por enquanto não haverá reabertura de negociação e que a proposta apresentada ao sindicato representa o limite responsável dentro da capacidade orçamentária atual.
A administração municipal entrou com pedido no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) para a manunteção dos serviços públicos e aplicação de multa em caso de descumprimento. (Veja nota abaixo)
Escolas fechadas e saúde afetada
Protesto de servidores de Araraquara que entraram em greve
Acidadeon Araraquara
De acordo com o Sismar, cerca de mil servidores municipais protestaram contra o governo de Dr. Lapena (PL) na noite de quinta-feira (19) e cobraram mais respeito e valorização para a categoria.
Na data, os trabalhadores mantiveram a greve prevista para começar a partir da 0h desta terça-feira (20).
O Sismar informou que das 70 escolas municipais, 10 estão fechadas e o restante funciona parcialmente. Na saúde, há paralisação parcial em unidades básicas da saúde e da família.
De acordo com o Sismar, os serviços de segurança, trânsito e emergência de saúde e tratamento de água e esgoto estão mantidos normalmente.
Até o momento, a prefeitura ainda não confirmou os impactos da greve no atendimentos dos serviços públicos.
Veja nota da prefeitura:
Em nota , a Prefeitura Municipal de Araraquara informou que ingressou na segunda-feira (19), junto ao Tribunal de Justiça do estado de São Paulo, com pedido formal de manutenção dos serviços públicos municipais em sua totalidade, tendo em vista a greve anunciada pelo Sismar, com aplicação de multa diária por descumprimento da ordem judicial.
“É importante destacar que, em outras ocasiões, o poder judiciário já considerou greves da categoria como abusivas. Nessas situações, houve impactos diretos nos salários e na concessão de prêmios dos servidores envolvidos. Diante disso, a prefeitura sugere cautela e recomenda que os servidores aguardem o posicionamento do tribunal antes de qualquer decisão quanto à adesão ao movimento.
A administração municipal esclarece que, em função das discussões já realizadas com o sindicato e da análise da situação financeira e dos limites legais, não haverá reabertura de negociação neste momento. A proposta apresentada representa o limite responsável dentro da capacidade orçamentária atual”.
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