Apesar de contrário, PT não vai criar resistência contra PL do Licenciamento


Entendimento do governo é que proposta é importante para desenvolvimento econômico do país. Partido não criou resistência à votação no Senado Federal. Apesar de ter se posicionado contrário ao projeto que cria a Lei Geral do Licenciamento Ambiental, na quarta-feira (21), o Partido dos Trabalhadores não deve fazer resistência para a tramitação do assunto na Câmara dos Deputados.
Parlamentares ouvidos pelo g1 comentaram que o governo “não vê a proposta com maus olhos”, por ser uma alternativa para desenvolver frentes econômicas que, na prática, “acabam sendo afetadas pela burocracia da emissão de licenciamento”.
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A construção de parte do texto, inclusive, teria acontecido em uma reunião entre o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), a relatora da proposta, Tereza Cristina (PP-MS), e o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT).
Apesar de senadores como Jaques Wagner (PT-BA), Fabiano Contarato (PT-ES) e Beto Faro (PT-PA) terem se posicionado contrários à proposta quando ela foi discutida na Comissão de Meio Ambiente (CMA), na terça-feira (20), no plenário, apenas Contarato e o líder Randolfe Rodrigues (PT-AP) firmaram posição contrária.
“Então, aqui foram feitos dois relatórios, e eu quero parabenizar o esforço de encontrar o caminho do meio. Não estou dizendo que necessariamente concordo com tudo que foi acordado – eu sei do esforço do senador Confúcio”, afirmou Wagner.
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Jornal Nacional/ Reprodução
Possibilidade de obstrução
Até mesmo durante a discussão em plenário, o PT não tentou obstruir, seja pedindo vista do relatório — quando se pede mais tempo para leitura —, já que a última versão foi apresentada na hora da votação, ou apresentando resistência com relação à emenda que tinham pedido para votar de forma destacada, isto é, separada.
Interlocutores apontam que assim como no Senado, o partido deve orientar voto contrário nas votações que ocorrerem na Câmara dos Deputados, assim como fez em 2021, quando o projeto foi votado pela primeira vez.
Entretanto, a expectativa é que quando a proposta for aprovada e chegar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele vete trechos criticados por ambientalistas.
E, depois, quando os itens vetados voltarem ao Congresso, novamente, o partido não oferecerá resistência se o texto voltar a ficar como aprovado na versão final pelos parlamentares.
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