Grande Florianópolis e a disputa fragmentada por vaga na Alesc

Disputa na Grande Florianópolis por vagas na Alesc- Foto: Bruno Collaço/Agência AL/ND

A corrida por cadeiras na Assembleia Legislativa promete ser acirrada e especialmente pulverizada na Grande Florianópolis. A quantidade de pré-candidaturas já postas ou em articulação na região desenha um cenário congestionado, com muitos nomes na disputa e, proporcionalmente, poucas chances reais de consolidação nas urnas.

Na Capital, ao menos seis pré-candidaturas estão em evidência. Fábio Botelho aparece como o nome apoiado pelo prefeito Topázio Neto (PSD), e o presidente da Câmara de Vereadores, João Cobalchini, tem se movimentado intensamente. Já Priscila Fernandes (PSD), vereadora e defensora da causa animal, aposta no nicho para ganhar tração, enquanto Gui Pereira reaparece após disputar vaga federal em 2018 e Ricardo Pastrana, também vereador, reforça o time dos pré-candidatos.

Pelo PL, dois nomes devem ser lançados com apoio da sigla: a vereadora Manu Vieira e o ex-deputado e atual secretário de Assistência Social, Bruno Souza. O atual deputado estadual Alex Brasil, que disputou a Prefeitura da Capital em 2020, buscará a reeleição.

Em São José, o volume de pré-candidaturas também chama atenção. O vice-prefeito Michel Schlemper cogita migrar do MDB para PSD ou PL, mantendo proximidade com o prefeito de Chapecó, João Rodrigues. Cryslan, vereador mais votado da cidade pelo Novo, é nome confirmado. Até a ex-prefeita Adeliana Dal Pont, derrotada nas eleições municipais de 2024, voltou a ser citada como possível candidata.

Em Palhoça, o cenário é mais claro: os deputados estaduais Camilo Martins (Podemos) e Serginho Guimarães (União Brasil) devem ir à reeleição com boa base.

Já em Biguaçu, o prefeito Salmir da Silva (MDB) chegou a ensaiar pré-candidatura, mas a demora na articulação e a perda de apoio regional — sobretudo em São José — enfraqueceram a viabilidade do projeto.

A multiplicidade de nomes, especialmente no PL e no PSD, antecipa a polarização que deve marcar o cenário estadual em 2026, com o embate entre os grupos de Jorginho Mello e João Rodrigues. A fragmentação tende a pulverizar votos, dificultando a eleição de novos nomes e reforçando quem já conta com mandato, estrutura ou capital político consolidado.

Demora

O mês de maio se aproxima do fim e o impasse na OAB/SC persiste: até agora, nada da abertura do edital para o Quinto Constitucional. A demora tem incomodado o governo do Estado, que aguarda a oficialização da disputa. Enquanto isso, o movimento da esquerda dentro do Conselho da OAB vai ganhando a queda de braço e retardando o processo, o que acaba favorecendo a ala ligada ao advogado Hélio Brasil, nome apoiado por setores progressistas.

O procurador geral do Estado, Márcio Vicari, deixará o cargo para concorrer, e um substituto já está definido. O deputado estadual Ivan Naatz já deixou a liderança do governo na Alesc para se dedicar à disputa.

Agricultores familiares

A Comissão de Agricultura da Câmara aprovou o parecer do deputado federal Rafael Pezenti (MDB-SC) ao projeto que garante seguro-desemprego a agricultores familiares com perdas de safra superiores a 40%. O benefício, de até um salário mínimo por quatro meses, será destinado a quem atender critérios como renda de até quatro salários mínimos e dedicação exclusiva à atividade.

A proposta altera a lei 7.998/1990 e visa proteger pequenos produtores atingidos por fenômenos climáticos ou pragas. O texto ainda passará por outras três comissões antes de seguir para sanção, sem necessidade de votação em plenário.

Acionamento indevido

A Assembleia Legislativa aprovou o projeto de lei do deputado Fernando Krelling (MDB) que pune empresas de segurança privada que acionam a Polícia Militar sem antes checar a veracidade do alarme. Segundo o parlamentar, 95% dos chamados, na cidade Joinville, por exemplo, são falsos ou acidentais, o que gera desperdício de recursos públicos e desvia policiais de ocorrências reais.

A proposta prevê advertência na primeira infração e, em caso de reincidência, multa de R$ 2.000, com valor crescente em novas infrações. O texto agora segue para sanção do governador.

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