Partido Novo não descarta Zema presidente em 2026: ‘É o outsider que deu certo’

Partido Novo não descarta Zema presidente em 2026

Partido Novo não descarta Zema presidente em 2026 – Foto: Patrícia Costa/ND Mais

O presidente nacional do Partido Novo, Eduardo Ribeiro, afirmou em entrevista exclusiva ao portal ND Mais que o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, é o nome da sigla para disputar a presidência da República em 2026, caso Jair Bolsonaro não possa concorrer. “Zema é pré-candidatíssimo”, disse.

Eduardo Ribeiro exaltou a gestão de Zema em Minas e o definiu como “o outsider que deu certo”. Segundo ele, o sucesso da gestão mineira mostra que o governador tem competência tanto para comandar um estado quanto para assumir o país.

Com Bolsonaro inelegível até 2030, decisão tomada pelo TSE em 2023, Zema surge como o principal plano B do partido Novo. Reeleito em primeiro turno no segundo maior colégio eleitoral do país, ele é visto pelo presidente como uma figura capaz de unir forças conservadoras contra o PT. “Quem vence em Minas, vence no Brasil”, afirmou Eduardo.

Partido Novo mantém aberta a possibilidade de Zema presidente em 2026 – Foto: Gil Leonardi/Novo-30

Apesar das críticas anteriores ao governo Bolsonaro, o presidente da sigla não descarta uma aliança com o ex-presidente da república. “Se houver a possibilidade de uma frente ampla para vencer o PT, nós estaremos juntos. Evidentemente, isso não acontecendo, nós temos totais condições de apresentar o nome à sucessão”, garantiu Eduardo sobre Zema presidente.

Zema presidente e a continuidade do projeto em Minas

O presidente do Partido Novo afirmou que, mesmo com a possível candidatura de Zema presidente em 2026, a sigla já se organiza para garantir a continuidade do projeto em Minas Gerais. O nome mais cotado para a sucessão no estado é o do atual vice-governador, Matheus Simões.

“Alguns partidos já se comprometeram [conosco]. Nós entendemos que outros [partidos] devem vir com a gente para fazer uma frente ampla e garantir que Minas Gerais continue com a gestão do novo”, afirmou.


Partido Novo não descarta Zema presidente em 2026 – Vídeo: ND Mais

Para ele, a recuperação de Minas, que recebeu o estado “em frangalhos” após gestões do PT e PSDB, é um case de sucesso que pode ser replicado no Brasil.

“Minas Gerais vai voltar ao lugar que deveria ter saído, que é a segunda maior economia do país, diante de tantos erros lá atrás, por causa de Aécio Neves e próprio PT […] mas agora conseguimos colocar de novo nos trilhos e [Minas] caminha para se tornar a segunda maior economia do país”, afirmou.

Distância de Bolsonaro? Só física, diz presidente do Novo

O presidente do Partido Novo, Eduardo Ribeiro, afirmou que não há um distanciamento político entre o governador Romeu Zema e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, a distância entre os dois é apenas física, já que Zema segue apoiando Bolsonaro publicamente.

O questionamento foi feito ao presidente do Novo após Bolsonaro pedir que governadores de direita saiam em sua defesa, criticando a decisão do TSE  que o tornou inelegível até 2031. O ex-presidente disse que não pode obrigar ninguém a se posicionar, mas gostaria que seus aliados questionassem os motivos da sua exclusão da disputa.

Partido Novo não descarta Zema presidente, caso Bolsonaro não reverta inelegibilidade – Foto: Elizabete Guimarães/Divulgação/ALMG

Enquanto isso, cresce nos bastidores uma movimentação liderada por Michel Temer (MDB) para formar uma frente de centro-direita para as eleições de 2026. A articulação inclui nomes como Tarcísio de Freitas (SP), Ronaldo Caiado (GO), Ratinho Jr (PR) e o próprio Zema (MG), mas sem mencionar Bolsonaro ou sua esposa Michelle como possíveis candidatos.

Apesar disso, Eduardo Ribeiro defendeu Zema, afirmando que ele tem se manifestado em favor de Bolsonaro. “O distanciamento, sem dúvida, é por meio do trabalho”, disse.

“Alegar que o governador Zema não o defende é até, de certa forma, injusto, porque o governador já fez muitas declarações em rede nacional dizendo, inclusive, que a perseguição ao presidente Bolsonaro é uma perseguição”, concluiu Eduardo Ribeiro.

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