Fechado há mais de 90 dias, Restaurante Popular de Florianópolis segue sem prazo para reabrir

Restaurante Popular de Florianópolis foi fechado há mais de 90 dias – Foto: Leo Munhoz/Arquivo/ND

Encerrou nesta semana o prazo inicialmente estipulado para a reabertura do Restaurante Popular de Florianópolis.

O equipamento foi fechado há 90 dias sob o argumento de “mudanças estruturais e de funcionamento” e, até o momento, não tem uma data para sua retomada.

A Prefeitura de Florianópolis, ao ser consultada, justificou que esteve aguardando a decisão da Justiça – que restou favorável ao município – depois que a Defensoria Pública ingressou com uma ação pela reabertura imediata do espaço.

Inicialmente superado esse impasse, o processo para a reabertura “segue em andamento, com reformas no espaço”.

Recentemente a Coluna Bom Dia publicou informação dada pelo prefeito Topázio Neto (PSD), em transformar o local no “Restaurante da Família e do Trabalhador”.

O objetivo é oferecer, além de alimentação, um espaço de aprimoramento e recolocação no mercado de trabalho.

O que diz a Defensoria Pública de Santa Catarina

Em contato com a Defensoria Pública de Santa Catarina, por meio da Ana Paula Fão Fischer, a promessa é de seguir adotando medidas “ao seu alcance para modificar a realidade”.

Segundo a defensora, há uma preocupação do órgão pela “ausência de alternativas” já que, neste momento, está recebendo informações de “aumento da fome entre a população vulnerável”, onde inclui “famílias que estão tendo que retornar as ruas” em virtude das eventuais dificuldades em manter alimentação e moradia, ao mesmo tempo.

Confira o que diz a defensora, na íntegra

A Defensoria segue preocupada com a ausência de alternativas em segurança alimentar da população vulnerável.

Nesses 90 dias, nenhuma alternativa substitutiva foi implementado para garantir o direito à alimentação dos usuários do RP [Restaurante Popular].

Não temos informação de que nenhuma cesta básica tenha sido distribuída e o benefício alimentação não foi concedido por não se enquadrar na hipótese legal.

Enquanto isso, recebemos informações do aumento do número de alimentações distribuídas pela sociedade civil e o aumento da fome entre a população vulnerável, incluindo famílias que estão tendo que retornar as ruas, por não terem condições de manter a alimentação e a moradia ao mesmo tempo.

A Defensoria segue adotando as medidas que estão ao seu alcance para modificar a realidade

Bookmark the permalink.