Faxineira vive ‘corrida contra o tempo’ para arrecadar dinheiro e pagar cirurgia de filha com ‘coluna em S’ e 60° de curvatura


Por causa da escoliose, coluna comprime os ossos do quadril e o pulmão de Alice, provocando dificuldades para respirar. Viviane Batista de Oliveira, de São José do Rio Preto (SP), abriu uma arrecadação virtual. Menina tem 60° de curvatura na coluna e precisa de cirurgia em São José do Rio Preto
Uma faxineira de São José do Rio Preto (SP) diz viver uma “corrida contra o tempo” para arrecadar dinheiro e pagar a cirurgia de correção da curvatura da coluna da filha de sete anos que, hoje, já atinge 60°.
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Alice nasceu em uma cesariana, após nove meses de gestação. Com 12 dias, a mãe dela, a faxineira Viviane Batista de Oliveira, de 46 anos, notou que a bebê estava “torta” para o lado direito (veja acima). Após exames clínicos, o diagnóstico confirmou as malformações nas vértebras e a curvatura que comprimia a medula.
A mãe revelou ao g1 que o médico chegou a dizer, na ocasião, que Alice nunca iria andar. Entretanto, com apenas dez meses, a pequena aprendeu a andar e, desde então, entre idas a hospitais, começou a ser acompanhada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por um hospital em Ribeirão Preto (SP).
Alice, de São José do Rio Preto (SP), tem 60° de curvatura na coluna e precisa de cirurgia corretiva
Viviane Batista de Oliveira/Arquivo pessoal
Conforme Viviane, a curva da escoliose se manteve estável até os quatro anos da menina, com cerca de 25°. Mas teve um avanço rápido e, de fevereiro a abril, a coluna já encurvou mais 15°: de 45° para 60°.
De acordo com Viviane, a curvatura já comprime os ossos do quadril e o pulmão de Alice, provocando dificuldades para a garota respirar.
“Desde os quatro anos ela sofre bullying na escola, a chamam de ‘torta’, ‘feia’ e ‘monstro’. Ela chega a implorar para não ir à escola. Se ela não conseguir operar, podem acontecer mais complicações. O mais preocupante é a compressão da medula, que pode fazer com que [a situação] se torne irreversível. É uma corrida contra o tempo”, lamentou a mãe.
Mesmo com o acompanhamento, a mãe afirma que o SUS não oferece a cirurgia adequada. Segundo ela, a única opção no serviço público de saúde é a colocação de hastes que exigiriam novas cirurgias a cada quatro meses.
Nesse caso, a mãe informou que busca pela cirurgia em um hospital particular, de modo que possa utilizar hastes fixadas na coluna que podem ser ajustadas com o crescimento da criança sem precisar de cirurgias constantes. O custo total é de cerca de R$ 80 mil, se a cirurgia fosse feita em São Paulo.
O médico, segundo ela, não deu um prazo específico para a realização da cirurgia. Mas, quanto maior o grau de curvatura, haverá mais riscos para a coluna e os órgãos da menina.
“Ela consegue realizar as atividades normalmente, mas com algumas limitações, pois sente dores. Recentemente, foi brincar com bola, algo simples, de ir passando um para o outro, e, por conta do quadril, ficou vários dias com dores. As crises de asma vêm se agravando por conta dos pulmões”, revelou Viviane.
Agora, ela “corre contra o tempo” para tentar pagar a cirurgia. O valor arrecadado virtualmente, até a tarde de sexta-feira (23), era de R$ 11 mil, ou seja, ainda precisava arrecadar 86,25% do total.
Viviane ao lado da filha, Alice, que tem a ‘coluna em S’; família é de Rio Preto (SP)
Viviane Batista de Oliveira/Arquivo pessoal
Alice, de São José do Rio Preto (SP), tem 60° de curvatura na coluna e precisa de cirurgia corretiva
Viviane Batista de Oliveira/Arquivo pessoal
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