Policial penal preso por tentar atropelar ex-mulher após ela descobrir traição tem pedido de liberdade negado


Amaury Silva de Almeida foi preso no dia 3 de maio após ser denunciado por violência doméstica. Defesa entrou com um pedido de revogação da prisão preventiva, que foi indeferido pelo juiz de Direito Alesson José Santos Braz. Amaury de Almeida está preso na Unidade Prisional 4 (UP4), em Senador Guiomard, interior do estado
Reprodução
A Justiça do Acre negou um pedido de revogação de prisão preventiva para o policial penal Amaury Silva de Almeida, suspeito de tentar atropelar a ex-mulher quando ela saía do trabalho, em Rio Branco, no mês de abril. A vítima teria descoberto uma traição do servidor público e resolveu colocar um fim no relacionamento.
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Inconformado, Almeida jogou o carro para cima da ex-mulher quando ela saía do trabalho. Ele foi denunciado na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), que representou pela prisão preventiva do suspeito.
No último dia 5, a defesa do servidor público entrou com o pedido de liberdade alegando que o policial é ‘funcionário público estadual, possui uma filha menor de idade, que depende completamente do pai, e tem residência fixa’.
O pedido foi analisado e indeferido pelo juiz de Direito Alesson José Santos Braz. O Ministério Público Estadual (MP-AC) também se manifestou a favor manutenção da prisão preventiva.
O g1 entrou em contato com a defesa do policial e aguarda retorno.
Violência doméstica
Conforme o processo, o policial foi denunciado por violência doméstica pela ex-mulher após jogar o carro para cima dela. A vítima relatou à polícia que decidiu se separar de Amaury de Almeida após descobrir uma traição dele no dia 28 de abril.
Ela pediu para o policial sair de casa, mas ele teria se negado. No dia 29 do mesmo mês, a vítima teria começado a receber ameaças do ex-companheiro. Por volta das 22h, quando estava saindo do trabalho, a mulher foi surpreendida por um carro indo em sua direção.
A mulher diz ter reconhecido que era o policial no volante e conseguiu desviar do veículo. Contudo, o servidor público pegou outro percurso e avançou novamente em direção à vítima, que foi atingida no lado esquerdo e caiu no chão.
Ainda segundo o processo, com o impacto, o carro do servidor público ainda bateu em um muro. A mulher chamou a polícia e o servidor fugiu. Ele foi preso no dia 3 de maio. O ex-casal estava junto há quatro anos.
Na época, o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) disse que foi aberto um processo administrativo dentro da corregedoria para a apuração dos fatos.
A Justiça também deferiu a quebra do sigilo telefônico do suspeito e um pedido formulado pela Polícia Civil para fazer uma busca e apreensão na casa do policial.
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