Vereador racha com Bocalom após exonerações de indicados e oposição ao prefeito cresce na Câmara de Rio Branco


Vereador Fábio Araújo, do PDT, afirmou que ato de exoneração foi ‘retaliação’ do prefeito de Rio Branco após ele denunciar a situação de ramais da capital. Antes, apenas Elzinha Mendonça (PSB) fazia oposição à gestão atual no parlamento mirim. Elzinha Mendonça (PSB) e Fábio Araújo (PDT) são opositores da gestão atual da prefeitura de Rio Branco
Agatha Lima/Rede Amazônica
Sobe para dois o número de vereadores que fazem oposição à gestão do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (Progressistas): Elzinha Mendonça (PSB) e agora, Fábio Araújo (PDT). A mudança de posicionamento veio após o gestor da capital acreana publicar, no Diário Oficial do Estado (DOE), exonerações de servidores de cargos ocupados por pessoas de confiança do parlamentar.
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As publicações saíram no DOE da última quarta-feira (12). No total, dez servidores da prefeitura foram exonerados, incluindo familiares do parlamentar. À Rede Amazônica Acre, Araújo relatou que viu a decisão do chefe do Executivo municipal como retaliação após denunciar a suposta falta de empenho de Bocalom em cuidar dos ramais.
“É uma infelicidade por parte do prefeito, onde ele tenta reprimir um mandato ativo de um vereador que tem compromisso com a população de Rio Branco. Infelizmente, quem perde com isso é o próprio prefeito. Eu estou fazendo um trabalho porque a população me concedeu um mandato. Não irei baixar a guarda e quero reafirmar meu compromisso com a população. Fui eleito para isso e estou contribuindo com o prefeito levando até a ele às reivindicações da população”, disse.
Antes desta nova composição de oposição do parlamento mirim, três então vereadores, que não terminaram o mandato em razão de terem sido eleitos para o cargo de deputados estaduais da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) de 2023 a 2026, faziam este papel na Câmara: Michelle Melo (PDT), Emerson Jarude (MDB) e Adailton Cruz (PSB).
Após a saída dos parlamentares, Elzinha Mendonça (PSB) ocupou a cadeira de Adailton, James do Lacen (PDT) foi para o lugar de Michelle, e João Marcos Luz (MDB) passou a ocupar a vaga de Emerson e se tornou líder do prefeito Tião Bocalom na Câmara.
Atualmente, o legislativo municipal conta com 17 vereadores.
Oposição
O g1 chegou a conversar, na época, com o cientista político Israel Souza, que analisou a falta de oposição dentro da Câmara de Vereadores. Dentre as ponderações, ele considerou que o fato de partidos de esquerda não estarem presentes entre os parlamentares na Câmara de Rio Branco contribuiu para a então oposição zero à gestão da capital.
“É importante considerar nessa reflexão o fato de que o PT, que deveria encabeçar uma oposição, não está presente na Câmara e também na Aleac. O fato de o PT ter ficado muito enfraquecido em todo o estado, o que significa dizer que, mesmo com a atuação dele no âmbito da sociedade civil, dos movimentos sociais e sindicatos, perde muito esse papel que ele poderia fazer no lugar de uma oposição dentro de uma Câmara de vereadores,” analisou.
Colaborou Ágatha Lima, da Rede Amazônica Acre.
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