Um mês após ultrapassar os 17 metros, nível do Rio Acre segue em baixa e está abaixo de 7 metros na capital


Manancial marca 6,52 metros neste domingo (30) em Rio Branco. No dia 30 de março, enchente desabrigava mais de 2 mil pessoas e desalojava outras 3.980 pessoas. Nível do Rio Acre segue em baixa e chegou a 6,52 metros neste domingo (30)
Tácita Muniz/g1
Há um mês, o Rio Acre ultrapassava os 17 metros na capital acreana e desabrigava milhares de pessoas. Neste domingo (30), o cenário é totalmente diferente, o nível do manancial segue em baixa e chegou a 6,52 metros. São 10,66 metros a menos.
O manancial chegou a 17,18 metros metros às 6h do dia 30 de março. Na época, 788 famílias com cerca de 2.605 pessoas estavam desabrigadas nos abrigos montados na capital. Outras 1.223 famílias com 3.980 pessoas ficaram desalojadas por conta da enchente, ou seja, que foram levadas para casas de parentes ou amigos.
O rio passou da cota de transbordo no dia 23 de março e seguiu em alta até o dia 2 de abril, quando atingiu a marca de 17,72 metros. Essa foi a maior enchente na capital acreana desde 2015, quando o manancial chegou a marca histórica de 18,04 metros.
A Prefeitura de Rio Branco decretou situação de emergência no dia 24 de março. E no dia seguinte, o governo federal publicou portaria reconhecendo a emergência.
As águas chegaram ao Calçadão da Gameleira. Para evitar acidentes e até afogamentos no local, a Polícia Militar colocou grades de proteção e fitas de isolamento no dia 29 de março. No dia seguinte, o acesso à rua foi interditado por completo.
Ao todo, a cheia atingiu 42 bairros da zona urbana de Rio Branco. Além disso, 27 comunidades rurais ficaram isoladas, com 7,5 mil pessoas de mais de 1,8 mil famílias.
Calçadão da Gameleira foi tomado pelas águas do Rio Acre
Pedro Devani/Secom
A Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco precisou fechar sete unidades de referência em atenção primária e unidades de saúde da família por conta da cheia.
Com a subida do Rio Acre e o acúmulo de balseiros, a Ponte Juscelino Kubitschek, conhecida como Ponte Metálica, foi interditada na noite de 27 de março por medida de segurança. A Ponte Coronel Sebastião Dantas também chegou a ficar fechada no dia 1º de abril e foi reaberta no dia 4 do mesmo mês.
Também por conta da enchente, as secretarias Estadual e municipal de Educação suspenderam as aulas nas escolas públicas da capital até o dia 17 de abril, quando o ano letivo foi reiniciado.
No dia 26 de março, os ministros da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, a ministra do Meio Ambiente Marina Silva e o secretário nacional da Defesa Civil, Wolnei Wolff, chegaram ao Acre para um sobrevoo pelas áreas alagadas. Eles percorreram os bairros, conversaram com moradores e garantiram a liberação imediata de R$ 1,4 milhão para ajuda humanitária.
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