Durante protesto, pessoal de apoio da Educação tenta entrar na prefeitura de Rio Branco e Bocalom sai pela contramão


Presidente do Sinteac afirma que profissionais foram até a sede da administração municipal buscar uma resposta e não foram recebidos pelo prefeito Tião Bocalom. Vídeo mostra princípio de tumulto no momento que o prefeito deixa o local. Manifestantes foram até a prefeitura de Rio Branco para falar com o prefeito Tião Bocalom, que deixou o local
Reprodução
Em greve desde a última quarta-feira (19), servidores de apoio do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac) voltaram a protestar em frente à sede da prefeitura de Rio Branco nesta segunda-feira (24). Os manifestantes tentaram entrar no prédio, e um princípio de tumulto foi registrado no momento em que um carro no qual estaria Tião Bocalom deixa o local. (Veja o vídeo abaixo)
O vídeo mostra que os profissionais estavam reunidos na porta da prefeitura, até que alguém avista carros saindo do prédio. A multidão acompanha a saída dos dois veículos que seguem na contramão, na Avenida Getúlio Vargas, no Centro da cidade, sob gritos de protesto.
A presidente do Sinteac, Rosana Nascimento, disse ao g1 que a categoria foi até a prefeitura em busca de respostas, mas não foi recebida por Bocalom.
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“Nos disseram que ele estava viajando, mas ficamos por lá, e depois que os repórteres chegaram, vimos que ele estava lá. Tentamos uma conversa com ele, mas foi embora”, afirma.
O g1 entrou em contato com a assessoria de comunicação da prefeitura de Rio Branco, que disse que classifica a greve como “politiqueira” e que medida de sair pela contramão foi tomada por questões de segurança.
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Após o ato na última quarta, o secretário municipal de Gestão Administrativa e Tecnologia da Informação (Segati), Jonathan Santiago, diz que após 5 anos a atual gestão concedeu aumento para a categoria.
Segundo o secretário, com o reajuste os servidores de nível fundamental ganham R$ 1,4 mil e os de nível superior R$ 1,5 mil. Além disso, houve o aumento de R$ 100 em uma gratificação.
Reivindicação
A categoria está pedindo a equiparação de salários com os professores da rede municipal de ensino, o que daria um reajuste de 14,95% para os servidores do quadro de apoio da Educação.
Representante da saúde do trabalhador do Sinteac, Kelly Haluen, destacou que o prefeito tem mostrado resistência em dialogar com a categoria e diz que o que cobram é um posicionamento de Bocalom. Segundo ela, o salário-base saiu de R$ 969 para R$ 1,5 mil (ensino fundamenta) e R$ 1,6 mil (ensino médio), porém, agora eles pedem o reajuste anual.
“A gente está cobrando valorização para o pessoal de apoio, que até o momento o prefeito não quer estar recebendo a gente para esse tipo de negociação. Hoje a gente está reivindicando o piso igual ao dos professores, aumento de 14,95% o vale alimentação de R$ 300 ou R$ 400 pra gente se sentir mais valorizado”, disse.
Ainda segundo a presidente do sindicato, a prefeitura tem afirmado que vai marcar uma reunião com a categoria, o que ainda não foi feito. Não há previsão para a suspensão da greve.
“Eles que vão dizer até quando a categoria vai ficar de greve. Não há [previsão de encerramento], somente com proposta da prefeitura”, ressaltou Rosana.
VÍDEOS: g1

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