Com aumento das queimadas, qualidade do ar piora no AC e índices de poluição crescem


Plataforma que disponibiliza dados de monitoramento em todo o estado mostra piora na concentração de partículas no ar na segunda quinzena de julho. Além disso, o coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, coronel Cláudio Falcão, alerta que a umidade do ar tem piorado e que a quinta-feira (27) deve ser o dia mais quente do ano. Queimadas contribuem para a piora da qualidade do ar em todo o Acre
Iryá Rodrigues/g1
Com o início das queimadas, que acompanham a chegada do verão no Acre, a qualidade do ar piorou no Acre na segunda quinzena de julho. Nesta terça-feira (25), a plataforma de monitoramento da qualidade do ar, com parceria entre a Universidade Federal do Acre (Ufac) e o Ministério Público (MP-AC), mostrava que o índice de material concentrado no ar em Rio Branco estava em 16 microgramas por metro cúbico (µg/m3) às 8h no sensor instalado no centro da cidade.
Os outros dois equipamentos apontaram índice de 11 e 15 µg/m3 em Rio Branco. O maior índice foi detectado no município de Manoel Urbano, com 21 µg/m3. Em Senador Guiomard o índice chegou a 14 µg/m3 e Acrelândia a 13 µg/m3.
O coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, coronel Cláudio Falcão, afirmou nesta terça à CBN Amazônia Rio Branco que até a semana passada, a qualidade do ar na capital acreana estava em níveis que não trazem prejuízos à saúde. Porém, a partir do fim de semana, os índices começaram a piorar.
“Na semana passada, a qualidade do ar ficou boa, mas a partir do fim de semana, ela é razoável. Está piorando. Estamos entre 8 e 14 microgramas, que é aquele material particulado fino, que faz um mal terrível à nossa saúde”, avaliou.
Queimadas
Acre registra 110 focos de incêndio em julho, diz Inpe
Victor Lebre/g1
O principal fator que influencia a piora da qualidade do ar nesta época do ano são as queimadas. Nos primeiros 14 dias de julho, 42 focos de incêndio foram detectados no estado pelo Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O índice das duas primeiras semanas do mês já se aproximava do total do primeiro semestre, que foi de 48 focos.
Do dia 1º de julho até esta terça (25), o monitoramento mostra o Acre com 110 focos. Ao todo, 2023 registra 158 focos de incêndio no estado.
No mês de julho, o município de Feijó lidera o ranking com o maior número de focos (16), seguido por Cruzeiro do Sul e Tarauacá (ambos com 15).
Incêndio é registrado no bairro Irineu Serra
Seca
O aumento das queimadas fez com que o governo do Acre a declarasse situação de emergência ambiental no início do mês. Além disso, o estado também enfrenta seca severa, alta nas temperaturas e queda na umidade relativa do ar.
Segundo Falcão, a terça deve ser o dia mais quente do ano até o momento, e as temperaturas devem chegar a 36ºC no fim da tarde, o que representa um aumento de 16 graus na temperatura, que era de 20ºC ao amanhecer. Já a situação da umidade do ar é de alerta, e deve cair para 27% ainda na terça.
“Hoje, teremos um dos dias mais quentes dos últimos tempos. Devemos chegar a 36 graus no fim da tarde, por volta de 16 e 17 horas. E sem vento, bastante abafado. A umidade do ar, vai cair para 27%. Nós estamos em estado de alerta em relação à umidade relativa do ar. Infelizmente, vamos passar por um período difícil. Essa diferença de 16 graus da manhã para o final da tarde, é prejudicial à saúde”, ressaltou.
VÍDEOS: g1

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