Mais de 4,8 mil alunos voltaram para escolas do Acre nos últimos seis anos após busca ativa


Busca Ativa Escolar soma 4.850 mil alunos que voltaram às aulas após serem encontrados fora da escola ou em risco de abandono entre 2018 e 2023. Mais de 4,8 mil alunos voltaram para escolas do Acre nos últimos seis anos por meio da busca ativa
Arquivo/Secom
O acesso à educação voltou a ser realidade para quase 5 mil crianças e adolescentes no Acre. A Busca Ativa Escolar (BAE) soma 4.850 mil alunos que estavam fora da escola ou em risco de abandono entre 2018 e 2023, e que retornaram às salas de aula. Em todo Brasil, foram mais de 193 mil alunos que voltaram às escolas.
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“Eu sei que nós conseguimos com nossos parceiros atender quase cinco mil crianças. Isso é um grande avanço, nós podemos ficar muito orgulhosos disso e podemos fazer ainda mais com apoio das autoridades, da sociedade civil e dos pais”, disse a coordenadora do território amazônico do BAE, Judith Léveillée.
Judith Léveillée, coordenadora do território amazônico do BAE
Reprodução/Rede Amazônica Acre
A BAE é desenvolvida pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e pela União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) com apoio de parceiros. Já são mais de 3.500 mil municípios e 22 estados do país que aderiram a Busca Ativa Escolar.
O acesso a escola é o primeiro passo para a garantia do direito constitucional à educação. O Brasil já vinha avançando nos últimos anos, mas não havia conseguido universalizar o acesso, sobretudo para as crianças entre 4 e 5 anos de idade e adolescentes de 15 a 17 anos.
“Trata-se de uma estratégia nacional, experimentada e validada, que há seis anos tem efetivamente contribuído para a inclusão escolar e para a queda das taxas de abandono escolar, fomentando o trabalho intersetorial e fortalecendo a rede de proteção assegurada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)”, afirma a chefe de Educação do UNICEF no Brasil, Mônica Dias Pinto.
Com a pandemia, a situação se agravou e as desigualdades educacionais se ampliaram. Em Rio Branco, por exemplo, a Secretaria Municipal de Educação (SEME) fez busca ativa dos alunos em 2021.
A pandemia afetou alunos socialmente mais vulneráveis, como pretos e pardos, moradores de comunidades tradicionais, crianças e adolescentes com deficiência, e aqueles que vivem na pobreza nos grandes centros urbanos.
A busca ativa se aprimorou ao longo dos anos e tornou-se uma estratégia integrada às políticas públicas de municípios e estados. No primeiro semestre de 2023, mais de 51 mil alunos foram identificados, atendidos e matriculados.
A BAE conta com apoio do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
VÍDEOS: g1

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