Após confirmação de caso de coqueluche em cidade boliviana, municípios na fronteira do AC iniciam plano para prevenir contágio


Secretário de Saúde de Brasiléia informou que, após veiculação de notícias, equipes buscaram informações e confirmaram o registro de um caso da doença em Cobija, que faz fronteira com o Brasil através do Acre. Ainda não há casos suspeitos ou confirmados nas cidades acreanas. Principal prevenção contra a coqueluche é a imunização
Odair Leal/Sesacre
Após a confirmação de um caso de coqueluche na cidade boliviana de Cobija, na fronteira com o Acre, a Secretaria de Saúde de Brasiléia, que fica na fronteira, iniciou um plano de ação para prevenir e diminuir os riscos de um possível contágio na região.
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De acordo com o secretário Francélio Carneiro, equipes da Saúde de Brasiléia buscaram confirmar o registro do caso na Bolívia após a veiculação de notícias.
“A partir da confirmação oficial, a secretaria de saúde está mobilizando as coordenações de atenção básica, vigilância em saúde e imunização para elaborar um plano de ação visando prevenir o aparecimento da doença em Brasiléia. Dentre as ações estão a intensificação da verificação da situação vacinal das crianças e vacinação dos não vacinados, além da busca ativa de pessoas com sintomas característicos da referida doença”, explica.
A coqueluche é uma doença infecciosa, altamente transmissível, que atinge as vias respiratórias e causa crises de tosse e também falta de ar. A doença é mais grave em recém-nascidos e crianças pequenas.
“Enfatiza-se que a vacina está disponível de forma gratuita em todas as unidades do município”, acrescenta Carneiro.
Em Epitaciolândia, as estratégias também estão sendo implementadas, segundo o gerente de Vigilância em Saúde, Jailson Souza. As medidas estão sendo desenvolvidas em parceria com o estado, e também deve ser feita busca ativa para imunização. Ainda não há casos suspeitos ou confirmados da doença nas cidades acreanas.
“Assim que a gente tomou ciência do caso, foi confirmado pelas autoridades bolivianas, a gente já acendeu o alerta. E a gente vai se reunir na segunda-feira para definir algumas ações e estratégias, mas já adiantando que o estado já está mobilizando, inclusive com estratégia de vacinação aqui na região de fronteira, além de fazer busca ativa a respeito das carteiras de vacina, ver quem não tomou a vacina que previne e estar orientando a questão da transmissão da doença”, afirma Souza.
Transmissão
De acordo com a Fiocruz, a transmissão da doença acontece principalmente pelo contato direto da pessoa doente com uma pessoa suscetível, não vacinada, através de gotículas de saliva expelidas por tosse, espirro ou ao falar.
Também pode ser transmitida pelo contato com objetos contaminados com secreções do doente. A coqueluche é especialmente transmissível na fase catarral e em locais com aglomeração de pessoas.
De acordo com o Ministério da Saúde, foram confirmados 227 da doença no país, um aumento de 43,6% em relação a 2021, quando foram registrados 158 casos. O índice interrompeu uma sequência de queda nos casos anuais, que se mantinha desde 2015.
“Estamos atentos e alertas para o surgimento de casos suspeitos, porém, nesse momento trabalhando com ações preventivas”, finaliza Carneiro.
VÍDEOS: g1

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