Família de mulher morta pelo marido faz campanha para quitar casa comprada pela vítima para filhos no AC


Marcelina de Oliveira, de 34 anos, tinha comprado uma casa no bairro Calafate, em Rio Branco, já pensando em se separar do marido que tinha muito ciúmes dela. No dia 23 de abril, Antônio José atirou nela e depois se matou. Marcelina de Oliveira, de 34 anos, foi assassinada pelo companheiro no dia 23 de abril na Estrada Transacreana
Arquivo da família
A família de Marcilene Barros de Oliveira, de 34 anos, tenta conseguir recursos para quitar uma casa que ela tinha comprado para os filhos no bairro Calafate, em Rio Branco. A mulher foi assassinada com um tiro de espingarda disparado pelo marido, Antônio José Silva de Souza, de 33 anos, no último dia 23 na residência onde o casal vivia no km 86 da Estrada Transacreana, zona rural da capital.
O crime foi na frente do filho do casal, de 4 anos, e de outros três filhos de Marcilene, de 7, 15 e 18 anos. Após matar a companheira, o homem ameaçou matar as crianças, que se esconderam em um dos quartos da casa, e depois cometeu suicídio.
Ao g1, o motorista de aplicativo e irmão da vítima, Rocicleudo Barros de Oliveira, disse que está cuidando dos sobrinhos de 15 e 18 anos. A menina de 7 anos, fruto de outro casamento de Marcelina, mora atualmente com a avó paterna. E o menino de 4 anos está com a mãe de Marcelina.
Ele explicou que Marcelina tinha comprado a casa já pensando em se separar do companheiro devido ao ciúme excessivo dele. Ela deu uma entrada de R$ 10 mil e parcelou o restante do valor em 40 parcelas no valor de R$ 1 mil cada.
“Antes de morrer já tinha pagado duas parcelas, eu paguei uma terceira agora no dia 28 de abril. Faltam 37 parcelas e estamos tentando arrecadar. Comprou a casa para vir embora. Queremos quitar porque não sabemos como vai ficar a situação, a filha mais velha dela tem 18 anos, não tem emprego e os outros filhos são menores. Foi o único bem que ela deixou para eles. Queremos quitar para eles terem um lugar pra morar”, contou o motorista.
Após matar a mulher, Antônio José ameaçou matar o filho e os enteados e depois se matou
Arquivo da família
Dia do crime
No dia do crime, Marcelina tinha voltado pra casa com os filhos. Ela tinha saído de casa no dia 21 para a consulta de rotina, na zona urbana, do filho adolescente de 15 anos com Transtorno do Espectro Autista. Ela acabou ficando na casa do irmão até a véspera do crime, dia 22.
Foi Rocicleudo de Oliveira quem levou a irmã e os sobrinhos para a casa na Estrada da Transacreana.
“Ele não queria que ela viesse. Ficou sexta e sábado aqui em casa comigo. No domingo consegui um carro emprestado e fui deixar ela em casa. Ele estava aparentemente tranquilo, deixei ela com as crianças. Quando foi por volta das 22h soubemos da notícia porque a filha dela de 18 anos avisou.
O crime foi presenciado pelas crianças. Segundo Rocicleudo, o adolescente de 15 anos está mais traumatizado. O motorista diz ainda que a família tenta conseguir acompanhamento psicológico para as crianças.
“Queremos conseguir qualquer valor para conseguir essa quantia porque pagando ficamos mais tranquilas. No contrato foi firmado que se ela atrasar três dias paga 30% de juros. Se atrasar três meses perde o valor que foi pago e ainda pega o imóvel de volta”, lamentou.
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