Glocal Experience debate projetos de empreendedorismo feminino


Entre os projetos apresentados para a solução do problema está o “Elas Empreendedoras”, da Eneva. Feira reuniu mulheres que empreendem.
Divulgação/Eneva
A Glocal Amazônia se transformou, neste fim de semana, em um espaço para analisar soluções para o desenvolvimento do empreendedorismo feminino na região. O evento terminou na segunda-feira (28), no Centro de Manaus. Entre os projetos apresentados para a solução do problema está o “Elas Empreendedoras”, da Eneva.
A iniciativa conta com o auxílio da companhia para a capacitação de mulheres em situação de vulnerabilidade socioeconômica, conforme explicou a especialista Fernanda Rodrigues.
Ela também contou as mudanças positivas que percebeu na realidade das integrantes do projeto.
“Muitas das mulheres que eu conversei me disseram que foi por meio deste projeto que elas descobriram do que eram capaz e começaram a empreender e a ter sua independência financeira, suas casas e sua liberdade. Ao ouvi-las, eu percebi também a influência da síndrome da impostora nessas mulheres e como o programa mudou o pensamento que elas tinham”, analisou.
Das 100 mulheres que fazem parte dos núcleos que compõem o “Elas Empreendedoras”, muitas viviam a cilada da síndrome da impostora. Um problema que, segundo a fundadora e CEO da Singulari Consultoria, Luciana Nogueira Minev, deve ser refletido como uma barreira que afeta as mulheres coletivamente, inclusive nos negócios.
“Já é um padrão as mulheres se subavaliarem, mesmo quando elas estão em posições de liderança. Elas dizem estar um nível abaixo daquele que os resultados dos testes delas mostram. Com os homens, eles se supervalorizam. A gente identifica que isso vem desde cedo, com a construção cultural e coletiva, por meio da sociedade, onde as meninas são moldadas para serem modestas e em posições rebaixadas. Isso, no futuro, impacta a vida pessoal e profissional”, afirmou Luciana.
Economia criativa e empreendedorismo feminino na feira da FAS
Evento encerrou nessa segunda-feira,
Divulgação/Eneva
O que se via no Largo de São Sebastião era a extensão da conversa feita no Palácio da Justiça: a feira de artesanato da Fundação Amazônia Sustentável (FAS) mostrava o trabalho de 30 expositores e seus produtos que movimentam a economia criativa e verde, como biojoias, café, peças de artesanato, roupas, comidas regionais, produtos indígenas e souvenirs.
Na palestra sobre empreendedorismo feminino no palácio, as integrantes vestiam biojoias e/ou roupas produzidas por mulheres que criaram seus negócios localmente, reforçando a necessidade de se consumir a produção, ler as obras e destacar o que é feito ou liderado por mulheres.
No Largo, isso também era visto na prática e comemorado por Marcileny Carvalho dos Santos, líder de um dos núcleos do Elas Empreendedoras.
“Hoje, graças ao que produzimos por meio do Elas Empreendedoras, eu sou independente, não preciso de mais ninguém. Esse projeto mudou não só a minha vida, mas a de todas as mulheres que fazem parte dele. Quem me vê hoje não reconhece aquela Marcileny, que achava que a vida tinha acabado. Tudo mudou com as biojoias, com a produção de alimento que fazemos, com os cursos de costura e tudo mais que é oferecido pelo projeto”, contou a artesã e empreendedora.
Vídeos mais assistidos do Amazonas

Bookmark the permalink.