Atendimento em UPA de Rio Branco aumentou mais de 30% após enchente do Rio Acre


Direção da UPA da Sobral diz que atendimentos chegam a 500 diariamente, principalmente, de casos de síndromes respiratórias. UPA do Segundo Distrito também registrou aumento na busca por atendimentos. UPA da Sobral em Rio Branco teve aumento de mais de 31% nos atendimentos
Aline Nascimento/G1
Os atendimentos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Franco Silva, no bairro Sobral, em Rio Branco, chegam a 500 por dia. Os dados são da direção e mostram que a subida no fluxo começou durante a enchente do Rio Acre e se manteve no período pós-enchente.
Antes da alagação, as equipes atendiam, em média, até 380 pessoas diariamente. Agora, a quantidade de pessoas buscando atendimento com síndromes respiratórias, diarreia, vômitos, com sintomas de Covid-19 aumentou.
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A diretora da unidade, Simone Prado explicou que o aumento começou no dia 25 de março. Até a primeira quinzena do mês, segundo ela, os atendimentos diários oscilavam entre 350 a 380. Com a enchente, as equipes passaram a atender 500 pessoas por dia, registrando um aumento de mais de 31%.
Desse total, cerca de 300 são de pessoas com sintomas de síndrome respiratória.
“Esse mês de abril percebemos o aumento e permaneceu. Estamos com muitos casos de síndrome respiratória, temos Covid, tem dengue e também as síndromes que causam diarreia, vômito e febre alta. Tanto as [síndromes] respiratórias quanto essas arboviroses vem em decorrência das águas terem baixado. Estamos há duas semanas com aumento de síndromes gripais. As síndromes estão muito parecidas, os sintomas são os mesmos, dor no corpo, na cabeça”, destacou.
A diretora da unidade afirmou que a população conta com cinco médicos atendendo no ambulatório e um na emergência durante o dia. À noite, o número de médicos disponíveis chega a três.
Simone reforçou que a população pode buscar atendimento também na Urap Hidalgo de Lima, que também fica na Baixada, e está com horário estendido até 22h. “As pessoas procuram muito a UPA achando que não está aberta [a Urap]. Temos 23 bairros na Baixada, é uma cidade dentro de uma cidade, mais de 150 mil habitantes e sofremos muito com isso”, frisou.
UPA do 2º Distrito
Na unidade de saúde do Segundo Distrito a situação não é diferente. O diretor Ádalo Lima falou que UPA ficou como unidade referência para atender as famílias desabrigadas pela cheia. Ele destaca que, até a metade do mês de março, o público era predominantemente adulto com suspeita de dengue e síndrome respiratória.
“Agora, estamos percebendo um aumento de crianças com síndrome respiratória. Tem muita criança gripada, com Covid-19 também, influenza. Começamos a perceber na segunda quinzena de março, é recente”, acrescentou.
Casos de Covid-19
Em mais um boletim divulgado nessa terça-feira (2), a Secretaria de Saúde do Acre confirmou 334 novos casos de coronavírus, fazendo com que o número de infectados no estado suba para 162.787. Além disso, o estado confirmou ainda mais seis mortes pela doença. Assim, o número de mortos chegou a 2.051 em todo o estado.
Os meses mais letais no Acre desde o início da pandemia foram março e abril de 2021, quando foram registradas 254 e 267 mortes pela doença. Já este ano, o mês com maior número de mortes foi fevereiro, quando 100 pessoas foram vítimas da Covid. Foi também em fevereiro deste ano que houve o maior registros de casos novos da doença, chegando a 19.323 casos novos – o maior registro desde o início da pandemia.
Em relação aos óbitos pode-se observar que 67,9% (1.393 casos) ocorreram em pessoas acima de 60 anos. De acordo com o sexo, 1.187 (57,9 %) óbitos ocorreram no sexo masculino e 864 (42,1%) no sexo feminino. Dentre os 2.051 óbitos, 1.183 (57,7%) deles tinham alguma comorbidade, porém verifica-se que 866 (42,3%) das pessoas que evoluíram para o óbito não tinham histórico de comorbidades.
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