Após mais de 40 dias, inquéritos que apuram rebelião em presídio de segurança máxima no AC ainda não foram concluídos


Prazo inicial das investigações era de 30 dias. A Sejusp informou que aguarda a conclusão das investigações pela Polícia Civil. Imagens mostram momento em que presos saem das celas e rendem outro detento e policial penal
Reprodução
No dia 26 de julho, detentos do presídio de segurança máxima Antônio Amaro iniciaram uma rebelião que durou mais de 24 horas, se estendendo até o dia 27. Nesta terça-feira (5), mais de 40 dias após a ocorrência, os inquéritos instaurados para apurar as circunstâncias da rebelião não foram concluídos.
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O g1 entrou em contato com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), que informou ainda aguardar a conclusão das apurações, sem informar sobre o estágio atual das investigações. A Polícia Civil não retornou o contato até esta publicação.
Na rebelião, cinco presos foram mortos por membros de uma facção rival – três deles foram decapitados. Toda a dinâmica e motivação devem ser esclarecidas nos inquéritos abertos pela Polícia Civil. O primeiro foi conduzido pela Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoas (DHPP) e o outro conduzido pelo Departamento Técnico-Científico, para traçar como iniciou a rebelião dentro da unidade.
“Nós determinamos a abertura de dois inquéritos, um especificamente que está coordenado pela DHPP, que vai apurar os homicídios e lesões corporais e outro para tratar da dinâmica no início do evento no presídio, além dos danos patrimoniais. Pessoas estão sendo ouvidas e depois de ouvir todo mundo vamos concluir os inquéritos. É precipitado a gente falar sore qualquer ponto específico nesse momento, pois o inquérito vai nos dar subsídio para sabermos quem participou e como participou diretamente da ação”, disse o delegado-geral, Henrique Maciel em entrevista coletiva no dia 28 de julho.
Rebelião
Presídio Antônio Amaro em Rio Branco
Eldérico Silva/Rede Amazônica Acre
A rebelião acabou por volta das 10h do dia 27 de julho. O policial penal que foi mantido refém por detentos foi liberado e encaminhado ao pronto-socorro de Rio Branco.
A rebelião começou quando presos renderam policiais penais e tiveram acesso às armas que foram usadas para tomar o pavilhão de isolamento da unidade. Um outro policial foi ferido de raspão e conseguiu sair do local.
A Segurança afirmou que o que o motivou a rebelião foi uma tentativa de fuga dos presos, mas há a hipótese também de ter sido por disputa de território entre facções criminosas rivais. Porém, a Sejusp disse que essa possibilidade ainda é investigada.
Os mortos são considerados chefes de uma organização criminosa e, segundo o Instituto Médico Legal (IML), três deles foram decapitados.
Reféns rendidos
Veja momento em que presos saem de celas e iniciam rebelião em presídio do Acre
Imagens das câmeras internas do Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, mostram o momento em que presos de um pavilhão saem da cela, rendem o detento que ajudava a servir a refeição, um policial penal e iniciam a rebelião.
O vídeo mostra que era 11h03 do dia 26 quando os detentos deixam as celas. Primeiro aparece nas imagens um policial penal entregando as marmitas e caminha em direção ao final do pavilhão. A primeira informação é de que a rebelião teria começado às 9h30.
As imagens não mostram o que foi feito com o policial penal que apareceu inicialmente. Segundo apuração do g1, ele foi o servidor público feito refém pelos presos por mais de 24 horas. O Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) não se posicionou à época.
VÍDEOS: g1

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