Dia da Amazônia: Projeto ajuda financeiramente mais de 40 produtores do AC que mantêm a floresta em pé


‘Projeto Floresta+ Amazonia’ paga R$ 400 a cada hectare excedente preservado. Projeto está previsto para ocorrer até 2026. Projeto ajuda financeiramente mais de 40 produtores do Acre que mantêm a floresta em pé
Arquivo pessoal
O Projeto Floresta+ Amazonia, que paga produtores que mantêm a preservação do meio ambiente, beneficiou no Acre 42 produtores rurais. Até 2026, serão investidos 96 milhões de dólares nos estados amazônicos com ações e incentivo financeiro com pagamentos por serviços ambientais e com a execução de projetos beneficiando diretamente as comunidades locais.
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Pelo Código Florestal, o percentual de reserva legal de um produtor da Amazônia é de 80%. Ou seja, as regras determinam que, em imóveis rurais na Amazônia Legal, 80% dele deve ser preservado. Já o projeto, que é organizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), com apoio do Fundo Verde para o Clima (GCF), paga R$ 400 por cada hectare excedente.
“É um pagamento por estarem mantendo a floresta em pé. Nesse caso, pagamos pela área de vegetação que excede o exigido por lei, como forma de beneficiar esses moradores de imóveis rurais”, explica Lilian Nunes, coordenadora do projeto no Acre.
O valor é pago diretamente ao produtor rural, que precisa se enquadrar em alguns critérios. “O imóvel precisa estar registrado no cadastro ambiental rural (CAR) e a análise validada. Essa iniciativa contribui para a regularização ambiental dos imóveis rurais e atualmente no estado já temos 340 hectares de área de conservação destinada ao projeto”, destaca a coordenadora.
Para ser beneficiado, o produtor rural deve ser registrado no CAR
Arquivo pessoal
O CAR foi criado em 2012 pelo Código Florestal e reúne informações ambientais das propriedades, como a situação das Áreas de Preservação Permanente (APP), das áreas de Reserva Legal, entre outras. O documento eletrônico também é uma das exigências para conseguir seguros agrícolas e financiamentos.
O projeto deve se estender no Acre até 2026. Caso tenha interesse, a pessoas pode entrar em contato pelo telefone (68) 99949-6587. Também pode se dirigir ao setor de atendimento do CAR em Rio Branco no prédio do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), ou nos núcleos de atendimento dos municípios de Cruzeiro do Sul, Feijó, Tarauacá, Brasiléia e Sena Madureira.
“O projeto é importante para promover a conservação da vegetação nativa, beneficiando o pequeno produtor rural por meio de reconhecimento financeiro”, destaca a coordenadora.
Projeto ajuda produtores que preservam e recuperam a floresta
Sobre o projeto
Com o foco na estratégia de pagamentos por serviços ambientais até 2026, o projeto visa beneficiar os pequenos produtores, proprietários ou possuidores de imóveis rurais com até quatro módulos fiscais, que poderão se inscrever na chamada pública da Modalidade Conservação, que viabiliza incentivos financeiros pela conservação da vegetação nativa.
A ação reconhece o papel das pequenas e pequenos produtores na manutenção dos serviços ambientais e na conservação da floresta.
No Acre, o projeto conta com a parceria da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e das Políticas Indígenas (Semapi), onde por meio dos mutirões de regularização ambiental 42 produtores rurais aderiram ao projeto e estão aptos a receber o recurso.
A Amazônia é um dos patrimônios naturais mais valiosos de toda a humanidade, além da maior reserva natural do planeta e maior bioma do Brasil. Com sete milhões de quilômetros quadrados, corresponde a 49,29% do território brasileiro e abrange nove estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia, Tocantins e parte do Maranhão e do Mato Grosso.
A Amazônia fundamental para o equilíbrio ambiental e climático do planeta. Importante fonte de biodiversidade da fauna brasileira, com cerca de 400 mamíferos e 1.300 aves em toda a região. Além disso, possuem cerca de 40 mil espécies de plantas diferentes, e os rios amazônicos constituem a maior bacia hidrográfica.
Na Amazônia, imóvel rural deve ter 80% de reserva legal
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VÍDEOS: BDAC

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