Professores da Ufac cobram retirada de placas que homenageiam pessoas ligadas à ditadura militar


Ato de desomenagens ocorreu na tarde desta terça-feira (5) na Ufac, em Rio Branco. Grupo caminhou por alguns blocos e descobriu que a administração começou a retirar essas placas pela parte da manhã. Ato de desomenagens ocorreu na tarde desta terça-feira (5) na Ufac, em Rio Branco
Leandro Rosa/Arquivo pessoal
Em um ato simbólico de desomenagens, professores e alunos da Universidade Federal do Acre (Ufac), em Rio Branco, cobraram, na tarde desta terça-feira (5), a retirada de placas de prédios e blocos do campus que homenageiam pessoas ligadas à ditadura militar.
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O grupo caminhou por alguns blocos e descobriu que a administração começou a retirar essas placas pela parte da manhã.
“A Associação de Docentes decidiu por agendar um ato e mediante a mobilização interna e externa, com todas as nossas instituições parceiras, identificamos, portanto, que a administração retirou boa parte das placas, permanecendo apenas uma delas. É um ato que se tornou expressivo naquilo que se pretendia, então, mantemos e para a comunidade acadêmica há um ganho por cumprir o seu papel e vamos articular o ato para finalizar a desarticulação dessa única permanece na universidade”, disse a presidente da Associação dos Docentes da Ufac (Adufac), Letícia Mamed.
Em agosto, o Conselho Universitário (Consu) aprovou um parecer que determinou mudar nomes de prédios e blocos da universidade que homenageiam pessoas ligadas à ditadura militar.
A mudança é feita após uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF-AC), que pediu à reitoria, em fevereiro, a constituição de uma comissão técnica para retirar os nomes de pessoas ligadas direta ou indiretamente ao período de didatura.
Adufac identificou que administração já começou a retirar as placas no campus
Leandro Rosa/Arquivo pessoal
Essa comissão fez o levantamento e chegou a 20 nomes: Áulio Gélio Alves de Souza (o único vivo), Geraldo Gurgel de Mesquita, Jorge Kalume, Francisco Wanderley Dantas, João de Mendonça Furtado, Omar Sabino de Paula, Rubem Carlos Ludwig, Joaquim Pessoa Igreja Lopes, Zaqueu Machado de Almeida, José Guiomard dos Santos, Edmundo Pinto de Almeida Neto, Joaquim Falcão de Macedo, Mário David Andreazza, Jarbas Passarinho, Euclydes de Oliveira Figueiredo, Sérgio Mário Pasquali, Edilberto Parigot de Souza Filho, Augusto Cézar Sá da Rocha Maia, Félix Bestene Neto e Esther de Figueiredo Ferraz.
“Trata de cumprir e respeitar esse um novo momento da história, não se trata também de atribuir nenhum crime a essas pessoas, mas entender uma nova configuração histórica, novos princípios que ordenam nossa vida democrática e esse trabalho foi feito com muito cuidado por uma comissão desde 2021 composta por muitos pesquisadores de várias áreas, é um trabalho feito de técnica e pesquisa analisado por todos os conselhos da universidade”, concluiu a presidente.
Colaborou o repórter Murilo Lima, da Rede Amazônica Acre.
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