Acidente aéreo: Amostras de sangue de familiares são coletadas no PA para identificação dos corpos de piloto e copiloto


Seis corpos já foram identificados e cinco devem ser transladados nesta quarta-feira (1). Cláudio Atílio Mortari e Kleiton Lima Almeida.
Reprodução / Redes sociais
O Departamento de Polícia Técnico-Científica informou que as famílias do piloto Claudio Atílio Mortari e do copiloto Kleiton Lima Almeida, que morreram neste domingo (29) após o avião em que estavam cair e explodir no Acre, não devem ir para Rio Branco. O diretor-geral do departamento de Polícia Técnica Científica, Mário Sandro Martins, informou ao g1 que o amostras de sangue foram coletadas no Pará e serão enviadas para a realização do exame de DNA para a identificação.
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O piloto e copiloto moravam em Itaituba e Kleyton era natural da cidade. A questão do material biológico dos parentes do piloto e copiloto já foi coletado lá pela perícia do Pará, eu entrei em contato com eles e eles colheram esse material e vão enviar para nós.
“A questão do material biológico dos parentes do piloto e copiloto já foi coletado pela perícia do Pará. Eu entrei em contato com eles e eles colheram esse material e vão enviar para nós”, disse Martins. A previsão é que esse material chegue ainda esta semana para análise.
Dos 12 corpos, seis foram identificados e cinco devem ser transladados para Eirunepé (AM) ainda nesta quarta-feira (1).
Investiigações
Uma equipe do Sétimo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa VII) chegou ao Acre nesta terça-feira (31) para começar as investigações do acidente do avião com 12 pessoas que caiu próximo à pista do aeroporto internacional de Rio Branco nesse domingo (29). Peritos da Polícia Civil do Acre auxiliarão nos trabalhos, segundo o governo.
O órgão é um braço regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), e fica localizado em Manaus. O Cenipa é responsável por investigar ocorrências aeronáuticas, de modo a prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram.
A Aeronáutica informou ainda no domingo que na investigação “serão utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e confirmação de dados, a preservação de indícios, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias ao processo”.
O órgão também falou sobre o tempo de conclusão dos trabalhos: “A conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes”, disse o órgão.
A Polícia Federal confirmou que deu apoio às investigações com papiloscopistas, que estiveram no local, a pedido da Polícia Civil, para prestar apoio. Já a Polícia Civil está colhendo informações e fazendo perícias que esclareçam a queda do acidente, porém, destaca que as investigações devem ficar a cargo da Aeronáutica.
Avião foi completamente consumido pelas chamas
Eldérico Silva/Rede Amazônica Acre
Identificação dos corpos
O diretor-geral do Departamento de Polícia Técnico-Científica, Mário Sandro Martins, informou que a identificação dos seis corpos foi possível por meio da arcada dentária, mas que todos devem passar pelo exame de DNA.
“A arcada dentária é uma técnica utilizada na identificação humana que a perícia criminal utiliza. Então, nós temos a impressão digital, a arcada dentária e o DNA. Nós estamos trabalhando, focando o DNA por quê? Porque o estado era muito difícil das vítimas. Mas, após essa análise minuciosa, vimos que dava para identificar pela arcada dentária. É uma técnica comprovada, oficial, e você pode liberar o corpo com certeza de que pertence a aquelas pessoas. O DNA é a última fase, quando não dá nada, não consegue fazer por essas técnicas, você vai com o DNA. Mas, nesses casos, foi coletada a amostra de todas as vítimas e dos parentes, e vamos também fazer o exame DNA para comprovar, para ter mais um teste científico que aquelas vítimas são quem realmente são”, explica o diretor.
Aeronave de pequeno porte caiu próximo ao aeroporto de Rio Branco
Cedida
Queda da aeronave
O voo era particular, da empresa ART Taxi Aéreo, e decolou de Rio Branco com destino a Envira, no Amazonas (confira os detalhes abaixo). A aeronave modelo Caravan tinha capacidade para até 14 pessoas e caiu por volta das 7h21 no horário local (9h21 em Brasília), logo após a decolagem. Nesta segunda, o espaço da empresa no aeroporto de Rio Branco estava fechado e apenas uma mensagem com números de telefone foram colocadas na porta.
Parte dos passageiros estava viajando para receber tratamento médico.
O advogado da empresa, Thiago Abreu, informou ao g1 que o piloto e o copiloto tinham experiência e treinamento. Segundo a Anac, o avião estava em situação regular.
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Ighor Costa/g1
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