Dona de agência de viagens presa por suspeita de estelionato no AC é solta após audiência de custódia


Defesa de Cleonice Costa nega que ela tenha agido de má fé, e atribui a uma outra empresa os cancelamentos de passagens. A empresária é investigada por enganar diversos clientes que compraram pacotes de viagens e passagens aérea na Paiakam Turismo. Empresária é investigada por enganar clientes que compraram pacotes de viagens e passagens aérea na Paiakam Turismo
Reprodução/Google Street View
A dona da empresa Paiakam Turismo, Cleonice Costa, que havia sido presa por estelionato, foi solta após audiência de custódia. Ela é investigada por suspeita de enganar diversas pessoas que compraram passagens e pacotes de viagens.
Por meio de nota, as advogadas da empresária informaram que Cleonice responderá ao processo em liberdade, e classificaram a prisão como “indevida, desnecessária, e totalmente desproporcional”. Ainda por meio da publicação, a defesa de Cleonice voltou a atribuir o cancelamento de passagens a uma empresa fornecedora, que teve contrato encerrado.
“A empresa vem de forma transparente encarando os prejuízos sofridos em razão da quebra de contrato e confiança com a NL Consolidadora, que provocou toda a situação de cancelamentos e reteve para si os valores e vem sendo processada em várias cidades por várias agências que sofreram o mesmo abalo. A PAIAKAM Turismo jamais agiu com animus fraudandi, e tudo ficará provado no tempo certo na justiça”, diz a publicação.
A empresária também divulgou uma nota assinada por ela própria, na qual diz se pautar pela ética e profissionalismo, e questiona o fato de ser alvo de mandado de prisão em um caso que afirma ser da pessoa jurídica Paiakam Turismo.
“Com muita surpresa recebi o mandado do dia 30/11, afinal uma coisa é a atividade da pessoa jurídica da PAIAKAM Turismo e outra coisa sou eu, Pessoa Física, um mandado que alcançou a pessoa física totalmente de forma arbitrária, pois a crise que enfrentamos é em razão de passagens ligadas ao grupo 123 milhas e com um pequeno ‘Google’ vocês podem verificar que os maiores causadores dos prejuízos jamais foram alcançados de forma extremamente exagerada, em sua pessoa física, como fui, vez que jamais atuei à margem da lei, e venho buscando de forma jurídica resolver toda a situação”, acrescentou.
Prisão
Operação da Polícia Civil ocorreu nessa quinta-feira (30)
Arquivo/Polícia Civil
Cleonice foi presa pela Polícia Civil na última quinta-feira (30). Contra ela havia um mandado de prisão preventiva. O delegado Pedro Paulo explicou à Rede Amazônica Acre que há indícios de diversas vítimas da suspeita em todo estado acreano. Ele afirmou que não poderia passar mais detalhes do caso por estar sob sigilo.
Além da Cleonice, outras três pessoas foram presas por estupro e organização criminosa. O acusado de estupro já foi condenado a sete anos de prisão e foi pego no bairro Manoel Julião. Ele fingia ser servidor do Conselho Tutelar para ameaçar a vítima.
Um dos líderes de uma organização criminosa no Acre também acabou preso pela polícia. “Dois desses mandados são baseados em sentenças condenatórias. Um dos presos era uma das maiores lideranças na cidade, foi preso na Cidade do Povo e é uma pessoa com uma condenação de mais de 12 anos. A investigação que culminou com essa condenação foi feita pelo Gaeco do Ministério Público Estadual que teve como base provas coletadas em outro estado”, destacou.
Empresa divulga nota
Em nota nas redes sociais, a Empresa Paiakam explicou que, em meados de agosto deste ano, uma empresa fornecedora de passagens aéreas que tinha parceria com a Paiakam cancelou todas passagens ‘promo’ vendidas aos clientes.
Ao tomar conhecimento, a Paiakam procurou a fornecedora e esta pediu um prazo para fazer os estornos dos valores aos clientes prejudicados. Depois, a empresa informou para a Paiakam que os pacotes vendidos eram da 123 Milhas, que anunciou em agosto a suspensão dos pacotes e a emissão de passagens de sua linha promocional.
Ainda segundo a nota, a Paiakam alega que a fornecedora não fez os estornos até o momento e nem repassou o percentual das comissões à empresa. Isso levou a Paiakam a abrir processo contra a fornecedora.
A empresa diz também que Cleonice recebeu diversas ameaças dos clientes, motivo pelo qual a agência física foi fechada e os atendimentos passaram a ser feitos apenas online.
“É uma mãe, uma mulher trabalhadora, ocorrem quase que diariamente, motivo pelo qual, após tais fatos a Paiakam encontra-se trabalhando de forma remota e dispensou os serviços da NL consolidadora, e segue trabalhando com outros fornecedores sérios em busca de arcar com todos os prejuízos dos clientes, em nenhum momento a Paiakam Turismo ficou com os valores dos clientes, bem como já acionou o judiciário por todo o prejuízo causado à sua reputação, e os danos materiais, que sofreu em razão da sua fornecedora que foi afetada pela crise da 123 milhas”, diz.
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