Com 6,79%, tomate foi o item que mais teve aumento na cesta básica de janeiro em Rio Branco, diz pesquisa


Estudo da Secretaria de Planejamento foi feito em 39 bairros da capital com base em 56 estabelecimentos diferentes. Aumento apontado foi de 0,93% na cesta alimentar com relação a dezembro do ano passado. Tomate: podcast explica como é a cadeia produtiva deste alimento.
Josephine Baran / Unsplash
O tomate foi o item da cesta básica alimentar que mais apresentou aumento no mês de janeiro, com 6,79%. Isto é o que aponta a pesquisa mensal sobre o custo médio em Rio Branco, divulgada pela Secretaria de Estado de Planejamento do Acre (Seplan). Segundo o levantamento, o preço da cesta básica teve aumento de 0,93%, no valor total de dezembro para janeiro e chegou a R$ 548,97, ou seja, R$ 5,07 a mais.
A família padrão vista para esta pesquisa é feita com base em dois adultos e três crianças, prevendo que uma criança consome menos que um adulto. Na pesquisa, feita na segunda quinzena de janeiro, 56 estabelecimentos comerciais de 39 bairros foram pesquisados, incluindo mercados varejistas de grande, médio e pequeno porte, açougues e panificadoras.
Além do tomate, o estudo constatou que dos 14 produtos que compõem a cesta básica alimentar, nove registraram aumento de preço em relação ao mês de dezembro. Em sequência, vem o feijão (5,34%), arroz (4,14%) e óleo (3,32%).
Em contrapartida, os itens que apresentaram redução de preços em comparação com dezembro foram:
Leite: -1,50%
Pão: -2,19%
Açúcar: -0,50%
Banana: -2,38%
Manteiga: -2,06%
A participação do valor das três cestas básicas (alimentar, limpeza doméstica e higiene pessoal) no rendimento de um indivíduo que recebe um salário mínimo de R$ 1.412 foi de, aproximadamente, 46,1% (veja mais detalhes abaixo).
O gasto mensal em novembro considerado para uma família nesses moldes adquirir as cestas básicas de alimentação, limpeza doméstica e higiene pessoal foi de R$ 2.277,93, ou seja, aproximadamente 1,61 salários mínimos.
“Considerando o mesmo período (agosto/2023 a janeiro/2024), constatou-se que desde o mês de outubro o custo total da cesta básica alimentar vem apresentando aumento de preço, entretanto, a maior alta ocorreu no mês de dezembro/2023, cuja variação foi de 6,18%”, diz um trecho do estudo.
Limpeza Doméstica
O custo total da cesta básica de limpeza doméstica foi de R$ 77,51. Segundo os resultados da pesquisa, foi registrado aumento de 0,39% no custo total da cesta em relação ao mês de dezembro.
Dentro dos nove produtos que compõem a cesta de limpeza doméstica, quatro apresentaram aumento de preço em relação ao mês anterior a pesquisa, sendo o maior aumento no item vassoura piaçava, com 4,17%. O sabão em pó vem logo atrás, com 3,56%.
Higiene pessoal
O custo total da cesta básica de higiene pessoal foi de R$ 24,36. E em comparação ao mês de dezembro, a cesta mostrou aumento de 0,53% no preço.
Segundo os resultados da pesquisa, o maior item a mudar de valor foi barbeador descartável, que mostrou variação de 2,47%, em seguida o creme dental (0,88%) e papel higiênico (0,47%). Apenas os itens sabonete e absorvente reduziram de preço, com variação de -0,49% e -0,17%, respectivamente.
Horas trabalhadas
Em janeiro deste ano, um trabalhador precisou de cerca de 85 horas e 31 minutos para adquirir os produtos da cesta básica alimentar. Isso representa uma diminuição de cinco horas e 7 minutos, em comparação com o mês anterior.
Para adquirir 3,6 quilos de arroz, por exemplo, é preciso de 4h03 de trabalho para comprar. No caso de 3kg de açúcar, o tempo médio é de 1h59. A carne, que detém o maior preço, é necessário trabalhar cerca de 7h40 para conseguir comprar 2,25kg.
Para chegar nesse resultado, a pesquisa fez cálculos baseados em um trabalhador assalariado, com carga horária de 220 horas por mês e remuneração mensal de um salário mínimo vigente de R$ 1.412.
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Reprodução/EPTV
VÍDEOS: g1 Ac

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